Grupo Murilo Braga, universidade da cidadania

O lema, que já rompeu a barreira secular do tempo, de “Sempre Alerta Para Servir” eclodiu, com a força da emoção e com o sentimento do bem fazer, na grande festa dos 61 anos do Grupo Escoteiro Murilo Braga, realizada nas dependências do CPA/Norte, quartel que  através do Cel Vinícius Almeida, abrigou o Grupo, que, retirado compulsoriamente da sua sede própria e do Chapéu de Palha, instalado na Fundação Dr. Thomas, vivia como cigano, aceitando as ofertas de mãos e corações generosos, onde praticou, sem fugir da sua agenda, as atividades de formação de crianças e jovens para a universidade da cidadania.

As cores do vestuário identificador de cada fase dentro do Grupo floriram o encontro de gerações, evocando a saúde de quem, pequeno, deu os primeiros passos no Grupo, como lobinho e hoje, formado, com filhos e até netos, se ufana de manter os laços com os princípios éticos que norteiam o movimento e se orgulham do uniforme que vestem, como exemplos, em todas as manifestações cívicas, onde o Escotismo é uma referência unanime de organização e de formação do ser humano para a vida digna.

Um símbolo evidente, porque presente e permanente é da Chefe Edna Dinelli, que já chefiou o Grupo Murilo Braga e até a Região Escoteira e se mantem ativa, agora ao lado dos filhos Alessandro e  André  Dinelli e dos netos, Rodrigo Dinelli, João Guilherme Dinelli e Rafaela Dinelli, fomentando os princípios do Escotismo pela união que faz a força e pela manutenção dos valores humanos como integrantes dativos, graças ao Manifesto, apresentado por ela e aprovado pelo Murilo Braga, certificando os antigos lobinhos e escoteiros, membros ativos da Comissão Institucional do Grupo.

Na roda viva das gerações que refletem o brilho do escotismo, dois exemplos, recolhidos neste encontro, revelam a essência do movimento. O primeiro foi de Alessandro Dinelli, demonstrando a vocação de ser Escoteiro quando, ainda aos 5 anos, levado pelo pai para a escola, passando pela avenida Silves, no bairro da Raiz, onde o antigo dirigente José Maria Monteiro pintou a figura de um escoteiro no muro de sua casa, repetia invariavelmente: “Quero ser igual a ele”. Foi e hoje cultiva o ardor do filho Rodrigo e da filha Rafaela, com o mesmo sentimento, sendo o ente inteligente da logística do grupo Murilo Braga, atualmente com 109 integrantes.

A singeleza do movimento escoteiro também está na pureza do garoto Wirlen Pantoja, neto de Orlando Pantoja, um dos escoteiros da década de 80 do Murilo Braga, expressando a alegria de ser um dos escoteiros do Grupo, confessando que se apaixonou no primeiro momento em que, trazido pelo avô, descobriu os encantos transparentes do Movimento e na semana seguinte já estava integrado ao Grupo. Como sua mãe rompendo a cadeia de gerações, não participou do Movimento, explicou angelicalmente: “ ela não teve a oportunidade de conhecer como é o movimento escoteiro”

O Encontro dos 61 anos foi coroado com uma notícia que recebeu palmas tríplices: Em breve  o Grupo Murilo Braga estará recebendo uma área institucional no Conjunto Residencial Tiradentes no bairro Aleixo, cedida pela Prefeitura Municipal de Manaus, honrando um compromisso de 35 anos, quando a sede própria do Grupo foi demolida para a construção do antigo Pronto Socorro 28 de agosto. Na área será construída a nova sede própria e deverá se manter por muitas décadas, edificando os preceitos e os conceitos de Baden Powell, e formando cidadãos como o fez em 61 anos, às vezes protegido apenas pelas sombras das árvores, à vezes na esquina de uma rua, mas sempre com a coragem de ser, com a determinação de fazer e com a firmeza de permanecer fiel à cartilha do bem que ensina os passos da dignidade humana.

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