
Uma operação caça níquel do Detran conseguiu travar o transito nos bairros da zona Sul, a partir das 6 horas e prolongando até depois das 8 horas, exatamente no momento de maior fluxo da cidadania popular, que é o deslocamento para o trabalho, o transporte dos alunos para as escolas, os serviços de abastecimento das feiras e mercados com frutas, verduras e peixes.
Tudo foi paralisado pelas bancas distribuídas pelo DETRAN em pontos de maior densidade da movimentação de veículos, criando quilômetros de engarrafamento nas vias principais e fechando os cruzamentos, travando todo o transito, quebrando os compromissos da população pois, além da trava no transito, os procedimentos de avaliação documental, preenchimento de papeis, expedição do aviso das punições, assinatura dos condutores, o tempo dispendido era de 50 a 70 minutos, uma eternidade para o horário.
O DETRAN estava listado como integrante da Operação Muralha, das policiais civil e militar, dentro da zona Sul, com a finalidade de identificar marginais e cumprir mandatos, mas nas suas equipes havia apenas um policial militar, com sua moto para perseguir possíveis motoristas que desviavam na rua principal, enquanto as intervenções, eram realizadas apenas por funcionários, identificados pelas jaquetas, com tratamento frio, reclamando da carga dobrada de trabalho, a horas imprevisíveis, para aumentar a arrecadação, segundo um deles, a mando do governador Wilson Lima.
Nem por acaso o congestionamento homérico provocado pela “blitz” inusitada do DETRAN impediu a movimentação dos carros das policias militar e civil, dentro da Operação Muralha, para prender marginais e cumprir mandados de prisão. A Zona Sul se transformou numa praça de guerra, pela disputa do tráfico, mas não há registro de acidentes ou distúrbios no transito, a não ser a que foi provocada pelo DETRAN, na gana de faturar.