O diplomata, senador da República do Brasil, que se fez prefeito de Manaus, capital do maior estado da Federação e de maior preservação ambiental do mundo esteve, como único comandante de uma cidade brasileira, na sede da ONU para, com o conjunto de seu conhecimento e experiência regional, explicar para os severos críticos da fumaça nos céus da Amazônia, como um povo, simples na sua ternura de simplicidade e sábio na resistência pela sobrevivência, protege, defende e mantem incólume, um dos paraísos criados pela onisciência de Deus.
O silencio, quase sepulcral, foi a acústica criada para não perder uma palavra do homem que soube bradar contra injustiças, armar trincheiras na defesa dos direitos constitucionais do País e disparar, sem medo, os desafios aos poderosos de plantão para buscar o equilíbrio social mas, quando sentiu que era preciso, internou-se no coração da Amazônia para, ao lado de irmãos da floresta, ribeirinhos, indígenas da selva e indígenas urbanos, construir como gestor de Manaus, o casulo da força reprimida de um povo e prepara-lo para o grande voo, nos espaços infinitos de um novo mundo.
Foi assim que a ONU, com seus sisudos componentes de todas as partes do mundo ouviu o diplomata, político brasileiro e prefeito de Manaus, capital do Amazonas, Artur Neto sorvendo, palavra por palavra, a sabedoria do caboclo adicionada ao maior cabedal de conhecimento do planeta e a verdadeira realidade da região amazônica, tantas e tantas vezes, por ele palmilhada metro a metro da floresta e litro a litro da maior bacia de água potável do universo.
E, com o recital que realizou, no timbre forte da voz oprimida, mas harmônica na regência da batuta da experiência e da competência, Artur Neto colocou o Amazonas e a Amazônia no seu lugar de dignidade no atlas geográfico e recepcionou o respeito de quem tem o maior estoque de riqueza no seu solo, mas o mantem, mesmo a custa do sacrifício de um povo, intacto para não violar o meio ambiente, como reverencia ao mundo que precisa de ar puro para sobreviver e de água de qualidade para matar a sede.
Na semana seguinte, mesmo com o coração sangrando diante de uma tragédia familiar, o prefeito Artur Neto desfilou o trabalho de quase 7 anos, no comando dos destinos de Manaus, diante de uma plateia de economistas e banqueiros que vieram trazer, altos valores para investimentos na cidade, num ato de reconhecimento à credibilidade e ao conceito puro e ilibado de uma vida no cenário nacional, conquistando o respeito do mundo, mas nunca abdicando, na humildade herdada do seu pai, da defesa e da proteção do seu povo.