Na linha pedagógica do seu pai, o cientista social e ambiental Samuel Benchimol, o empresário Jaime Benchimol pregou a urgência na busca, identificação e aplicação de novas alternativas econômicas para o Estado do Amazonas, além das fábricas do Distrito Industrial de Manaus, denunciando que a obsolência tecnológica do Polo está determinando o fim do modelo que já deu o que tinha de dar.
O exemplo do empresário foi clássico: 60% do que é fabricado em Manaus, incluindo unidades de televisão, som, e comunicação, estão sendo transferidos para o celular e, mesmo que Manaus passasse a fabricar todos os celulares de consumo no Brasil, não substituiria o faturamento atual.
“Temos tempo marcado” explicou Jaime Benchimol, mas declarando o orgulho de afirmar que participa do CODESE, um organismo de debate e estudo sobre as possibilidades econômicos para o Amazonas, desde a mobilidade urbana em Manaus até o ordenamento das exigências ambientais que impedem o planejamento de investimentos.
O empresário citou, como exemplo, o esforço para a execução do projeto de produção de potássio, que deveria está em funcionamento em2017, mas que até hoje não conseguiu a licença ambiental.
“São 87 as exigências, muitas absurdas. Uma destas condicionantes determina o monitoramento da educação sexual dos moradores do em torno do projeto” apontou Jaime Benchimol.
Em tempo: o projeto do qual ele é sócio (leia-se grupo Bemol) já desembolsou 180 milhões de dólares.
Foto: Haroldo Filho