BRASÍLIA – O Ministério da Saúde investiga um caso suspeito de infecção por coronavírus no país, único registrado no boletim divulgado pela pasta nesta sexta-feira. A mulher tem 21 anos e viajou à China, mas não esteve em Wuhan, epicentro da doença. O caso da criança de dois anos que estava ontem no boletim do ministério já foi descartado. Até o momento, o Brasil já descartou 51 casos suspeitos da doença e não registou nenhuma infecção até o momento.
Além de atualizar os números de casos suspeitos e descartados, o secretário-executivo da pasta, João Gabbardo Reis, e o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, afirmaram que o ministério decidiu ampliar a lista de países cujos visitantes com sintomas respiratórios passaram a ser considerados casos suspeitos. A decisão foi tomada por causa do aumento de 14% no número de casos registrados fora da China. Passageiros vindos do Japão, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Cingapura, Vietnã, Camboja e Tailândia com febre e mais algum sintoma respiratório, como tosse, passarão por exames e serão considerados casos suspeitos de infecção pelo coronavírus.
Apesar se ampliar a lista de países, o Ministério da Saúde não fará recomendações para evitar os países, o que só deve acontecer caso seja anunciada alguma quarentena em um desses países. Os três países que atualmente despertam mais atenção das autoridades de vigilância em saúde são Japão, Coreia do Sul e Cingapura. Nos últimos dias, esses países registraram, juntos, 910 novos casos de infecção nos últimos dois dias, de acordo com os números da Organização Mundial da Saúde (OMS). O Japão é o que tem mais novos casos, com 706 nos dias 20 e 21 de fevereiro.
Quarentena
As 58 pessoas que participaram da Operação Regresso, que buscou brasileiros e familiares em Wuhan farão os últimos testes hoje, às 17h. O ministério estima que os resultados estarão prontos entre 24 e 72 horas. As análises devem começar por volta das 8h nos Laboratórios Centrais (Lacens) de Goiás e do Rio de Janeiro. Caso os resultados negativos saiam antes do prazo máximo, há a possibilidade de que eles sejam liberados da base aérea de Anápolis (GO) antes dos 18 dias previstos. Eles já estão há 14 dias em quarentena, incluindo o dia do embarque para o Brasil.
O Ministério da Defesa será o responsável pela liberação da quarentena. Os brasileiros e suas famílias serão levados aos seus domicílios no Brasil em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) ou em vôos comerciais, ainda sob a tutela do Estado. O Ministério da Saúde evita definir prazos e afirma que caberá à Defesa definir e começar os procedimentos de liberação das pessoas. Mais noticias Em… https://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/coronavirus-rio-de-janeiro-registra-unico-caso-suspeito-no-pais-24264151.html