Nesta quinta-feira (20/2), no primeiro dia do Desfile das Escolas de Samba, oito agremiações do Grupo de Acesso B passaram pela pista do Centro de Convenções Professor Gilberto Mestrinho – Sambódromo. A programação do Carnaval realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, continua nesta sexta-feira (21/02), às 21h, com o Grupo de Acesso A.
Para abrir os trabalhos, a GRES Gavião do Parque apresentou na avenida do samba o enredo “Do Coração da Floresta, Música, Cor e Alegria: Uendel Pinheiro – A Voz do Samba da Amazônia”, de Márcio Almino. Com aproximadamente 300 componentes, a escola homenageou o cantor e compositor Uendel Pinheiro, referência na nova geração do samba.
A comissão de frente trouxe o tema “O Berço do Samba”, seguido do carro abre-alas “Influências Musicais”. Para contar a história do artista, a escola contou com seis alas: “O Artista da Floresta”, “Pará”, “Samba”, “Mais Bela Sinfonia”, “Cavaquinho” e “Me Chama Pra Beber”, além das tradicionais baianas e a Bateria dos Gaviões Furiosos.
Em seguida, a GRES Unidos da Coophasa evidenciou o “Tambor”, com o enredo de Jander Thomaz. Com uma alegoria e seis alas, “Heranças Tribais”, “Xamãs”, “Taikô, Marcha dos Samurais”, “Congada”, “Batucada e Marujada” e “Consagração aos Orixás”, a agremiação fez uma viagem na história do instrumento musical.
Os encantos do município de Novo Airão, distante 115 quilômetros de Manaus, foram destaque no desfile da GRES Império do Meninos Levados, que entrou na passarela com o tema “Dos Fantasmas do Velho Airão ao Santo Ângelo a Procissão, Novo Airão 65 Anos”, de Jean Charles.
Enquanto a comissão de frente mostrou a história da cidade Velho Airão, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira representou os botos cor de rosa e o peixe-boi. O carro abre-alas também teve o boto cor de rosa em evidência, seguido das alas “Parque Nacional de Anavilhanas”, “Papagaios e Araras”, “Paraíso dos Biólogos”, “Fundação Almerinda Malaquias”, “Guerreiros Waimiri Atroari”, “Eco Festival do Peixe-Boi”, “Ceviche Amazônico” e “Padroeiro Santo Ângelo”.
Quarta escola a desfilar no Sambódromo, a GRES Império do Mauá apresentou o enredo “Um Grito de Alerta, Salvem a Amazônia, Vamos Preservar”, de Aldenor Maciel.
Cerca de 400 componentes contaram a história de uma índia guerreira que convocou todas as tribos da Amazônia para defender o meio ambiente nas alas “Homens de Fogo”, “Fauna e Flora”, “Bares e Diversidades”, “Ativistas Brigadistas”, “Tribos da Amazônia”, “Ritual Indígena”, “Defensores da Floresta”, “Amigos do Mauá” e “Bandeira do Samba”.
A GRES Mocidade Independente da Raiz também trouxe o meio ambiente para a pista do Centro de Convenções, com o enredo “Amazônia – Encantos e Magia”, de Cleumar Ferreira, com base nos livros “Contos da Floresta”, de Yaguere Yama; e “Cismas do Interior”, de João Melo.
No desfile, a agremiação fez uma homenagem à Floresta Amazônica numa perspectiva lúdica e didática, com a proposta de abordar os encantos e magias que povoam o imaginário por meio da comissão de frente “Os Donos da Terra”, do casal de mestre-sala e porta-bandeira “O Canto Divinal do Uirapuru”, da bateria “Os Ribeirinhos” e das alas “Borboletas”, “Sol e Lua”, “Seres Encantados”, “Os Guardiães Jacarés”, “O Santuário Natura”, “Arara e Galo da Serra”, “A Sagacidade da Onça” e “O Poder das Ervas”, além dos destaques “O Saber Ancestral – Coruja” e “As Corujas Guardiãs”.
Já a GRES Ipixuna evidenciou o município de Santa Isabel do Rio Negro, localizado a 630 quilômetros da capital amazonense, com o tema “Muito Prazer, Meu Nome é Santa Isabel do Rio Negro – Princesa do Reino Encantado dos Tapuruquaras, estrela maior do teto do Brasil”, de Bosco das Letras.
Com três alegorias, “Estrada de Rios”, “A Floresta em seu Esplendor” e “Fé, Festa, Festança e Tradição”, a escola contou, no total, com 13 alas, entre elas “Rio de Riquezas”, “Ipixuna Roga em Prece”, “Caboclo Ribeirinho”, “Pescar é Minha Sina”, “Peixe de Desenho” e “Explosão do Festival”.
A GRES Leões do Barão de Açu apresentou o enredo “Os Leões na Cabanagem”, de Franslite; com a Guerra dos Cabanos, revolta popular e social ocorrida durante o Império do Brasil, influenciada pela Revolução Francesa, na antiga Província do Grão-Pará, que abrangia os atuais estados do Pará, Amazonas, Amapá, Roraima e Rondônia.
Com 300 componentes, sendo 40 ritmistas na bateria, a agremiação contou com a comissão de frente “Os Dragões e Os Cabanos”, o carro abre-alas “As Cabanas” e as alas “Cabanos”, “Índios Rebeldes”, “Fazendeiros e Comerciantes”, “Mundurucus”, “Dragões Imperiais” e “Mercenários Europeus”, assim como a ala das Baianas e a bateria “Leões Indomáveis”.
Para encerrar a noite, GRES Legião de Bambas veio com o “Tributo a Agnaldo do Samba: O Sabiá da Amazônia”, de Carlos Fausto. O homenageado era conhecido no reduto do samba por ter sido intérprete em escolas de samba de Manaus e nos bares tradicionais da cidade, como Caldeira e Jangadeiro, que foram retratados na avenida, em 15 alas, como “Tributo de Saudade”, “Sabiá da Amazônia”, “GRES Sem Compromisso”, “GRES Unidos do Alvorada”, “GRES Andanças de Ciganos”, “GRES Presidente Vargas”, “GRES Coroado”, “GRES Ipixuna”, “GRES Aparecida”, “Bar Jangadeiro” e “Bar Caldeira”.
FOTOS: Michael Dantas/Secretaria de Cultura e Economia Criativa