Lojistas denunciam alta de juros por bancos durante pandemia

Associações de lojistas encaminharam ao ogoverno Jair Bolsonaro um documento onde denunciam que os bancos estariam aumentado as taxas de juros em operações voltadas ao comércio durante a pandemia do coronavírus. Em alguns casos, os reajustes atingiram 70%.

Segundo carta enviada ao Banco Central e ao Ministério da Economia, na segunda-feira, a medida é contrária às iniciativas do governo, que pretende ampliar o volume de dinheiro disponível para crédito, para amenizar os problemas de lojas e indústria estão enfrentando por conta da crise.

“Solicitamos atenção a despeito das medidas de injetar liquidez no sistema financeiro nacional, pois observa-se o aumento expressivo das taxas, com médias superiores a 50% e, alguns casos superiores a 70%, em operações habituais do varejo”, afirmam os lojistas no documento, antecipado pelo jornal “Valor Econômico” e confirmado pelo EXTRA.

O aumento das taxas de juros vão desde operações como concessão de capital de giro, passando por antecipação de recebíveis entre outras. O documento foi endereçado ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e ao ministro da Economia, Paulo Guedes.

A carta é assinada pela Abrasce (associação de shoppings), IDV (varejo), CNDL (dirigentes lojistas) CACB (associações comerciais) e ABF (franquias).

Empregos diretos

No documento, as entidades lembram que o governo se comprometeu a ajudar a economia neste momento de crise e destacam que comércio e serviços somam 5 milhões de negócios no país, sendo responsáveis por cerca de 70% do PIB e mais de 26 milhões de empregos diretos.

“Nos questionamos sobre o prazo que os empregadores conseguirão sustentar a folha de pagamento, além dos custos com matéria prima, aluguéis, fornecedores, impostos e taxas, afirmam as entidades no documento.

“É preciso liberar recursos para a população, usando as verbas consideradas no orçamento da União dirigidas à proteção do emprego, bem como os que deverão ser para serem utilizados nas atividades operacionais das empresas, visando a manutenção dos postos de trabalho”, completam.

Adiamento de impostos

Além de reclamar da movimentação dos bancos, as entidades que assinam o documento pedem outras medidas de auxílio direto aos negócios, como a flexibilização no pagamento de tributos. Eles também pedem crédito sem burocracia e com taxas especiais, para evitar demissões e o fechamento de empresas.

Procurada, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) ainda não se pronunciou a respeito. O Banco Central também foi procurado, mas não commentou o assunto até a publicação da reportagem.Mais Noticias Em… https://extra.globo.com/noticias/economia/lojistas-denunciam-alta-de-juros-por-bancos-durante-pandemia-24341547.html

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