Brasil tem 1.244.419 casos de Covid-19, aponta consórcio de veículos da imprensa em boletim das 13h

O número de casos confirmados de Covid-19 no Brasil subiu para 1.244.419, indica o boletim das 13h do consórcio de veículos de imprensa formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo nesta sexta-feira. Os números são consolidados a partir das secretarias estaduais de Saúde. O total de óbitos é de 55.304.

As estatísticas da pandemia no Brasil são divulgadas três vezes ao dia. O próximo levantamento será divulgado às 20h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde na gestão do interino Eduardo Pazuello.

Desde o levantamento fechado da última quarta-feira, às 20h, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Roraima e Tocantins atualizaram suas estatísticas.

Até o momento, são 11.272 casos de coronavírus notificados pelas secretarias estaduais de Saúde desde a noite de ontem, além de 250 novas vítimas fatais. A maior parte dos novos diagnósticos se referem a Minas Gerais. Segundo a secretaria estadual de Saúde do estado, houve o acréscimento de um número expressivo de casos represados nesta sexta-feira.

Na terça-feira, o país registrou, no boletim consolidado das 20h, 1.364 novos óbitos nas últimas 24 horas. Esse é o segundo maior registro de mortes divulgadas pelas secretarias estaduais de Saúde em 24 horas desde o início da pandemia. O recorde anterior foi de 1.470 mortes no dia 4 de junho, segundo levantamento do G1.

Vacina ‘promissora’

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta sexta-feira que a vacina ChAdOx1 nCoV-19, produzida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca, é a “mais avançada” do mundo “em termos de desenvolvimento” e lidera a corrida por um imunizante contra a Covid-19. A fórmula está sendo testada no Brasil e na África do Sul após testes bem sucedidos no Reino Unido.

As declarações foram feitas pela cientista-chefe da entidade, Soumya Swaminathan. Ela ponderou que a pesquisa da americana Moderna também “não fica muito atrás” dos trabalhos da AstraZeneca. Mais de 200 vacinas candidatas contra o coronavírus Sars-CoV-2 são testadas ao redor do mundo, das quais 15 já entraram fases clínicas. A OMS afirmou, ainda, que está em contasto com diversas fabricantes chinesas para acompanhar o desenvolvimento de seus trabalhos.

Platô ‘prolongado’

Uma análise feita por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e divulgada na última quinta-feira apontou que nenhum estado brasileiro apresentou sinais de uma redução da transmissão da Covid-19. Segundo os cientistas, esse cenário configuraria uma espécie de platô, que corresponderia a um patamar alto de transmissão, podendo se prolongar indefinidamente.

Ao alertar sobre a permanência de um alto número de casos e óbitos, mesmo depois de passada a semana de máximo número de casos, a Fiocruz faz também outro aviso:

“A diminuição dos atendimentos de casos graves e, consequentemente, o aumento da disponibilidade de leitos de UTI é um dos critérios que devem ser considerados para se adotar medidas de relaxamento, mas não o único. O comportamento das curvas de casos e óbitos, o ritmo e a tendência do contágio, além de expansão da capacidade de testagem para identificar casos e isolar e rastrear os contatos devem ser considerados como alicerces para a retomada das atividades econômicas”.

Na coletiva de imprensa do Ministério da Saúde da última quarta-feira, o secretário de Vigilância da pasta, Arnaldo Correia, destacou que houve uma curva elevada na última semana epidemiológica (14 a 20 de junho), em relação ao mesmo período anterior (7 a 13 de junho). A média diária semanal passou 25.381 para 31.009 no período.

Parecia que a curva estava chegando a um certo platô, e entre a semana 24ª para 25ª, tivemos um aumento de 22% — apontou Correia.

A constatação do secretário contraria declarações da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, feitas na segunda-feira passada. Na ocasião, ao citar que a Índia teve sucesso no combate à Covid-19 por utilizar a cloroquina preventivamente, ela disse, sem apresentar dados ou estudos, que o Brasil começou a apresentar queda na curva da doença desde o dia 20 de maio, quando o governo editou a orientação para uso ampliado do remédio.

Novos critérios

Na última quarta-feira, o Ministério da Saúde anunciou novos parâmetros para confirmação de contaminação por Covid-19. Segundo a pasta, o critério clínico, usado até então, sem realização de exame laboratorial, exigia que o paciente tivesse contato próximo com alguém que tivesse confirmação por teste para a doença. Agora, essa proximidade deixa de ser obrigatória em determinados casos.

No “critério por imagem”, se o paciente teve síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave e tiver determinadas alterações tomográficas, poderá ser considerado, por avaliação do profissional de saúde, um caso de Covid-19. Ou ainda se o paciente de síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave teve falta de olfato ou falta de paladar agudas, sem outra causa pregressa, e que não foi possível diagnosticar por outro critério.

O critério epidemiológico aponta como possibilidade de notificar como Covid-19 a pessoa com síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave com histórico de contato próximo ou domiciliar, nos últimos 14 dias antes do aparecimento dos sintomas, com caso confirmado laboratorialmente para o novo coronavírus.

No caso dos óbitos, ainda segundo a pasta, todos passam por teste. Há casos, porém, em que o exame laboratorial é inconclusivo. Nessas situações, pode-se confirmar pelos outros critérios. No entanto, como são casos graves, na maior parte das vezes hospitalizados, o teste é a regra.

Abertura precoce

Enquanto não há vacina ou medicamento de eficácia comprovada contra a Covid-19, o coronavírus segue avançando pelo Brasil em meio às iniciativas de flexibilização do distanciamento social em várias capitais do país. Uma pesquisa da Universidade de Oxford (Reino Unido) divulgada na última quinta-feira concluiu que oito delas conduziram reaberturas equivocadas.

Na avaliação dos pesquisadores da instituição britânica, uma das mais renomadas do mundo, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Fortaleza, Goiânia, Manaus e Porto Alegre “não atenderam aos critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS), embora as políticas de resposta à Covid-19 tenham reduzido a mobilidade” dos habitantes.

Os acadêmicos apontam diversos fatores que inviabilizariam a reabertura neste momento, como a falta de testes em volume adequado, a ausência de um programa de rastreamento de contato para tentar conter o contágio e o déficit de informações sobre como os brasileiros devem agir se apresentarem sintomas ou se tiverem contato com pessoas que apresentarem sinais da doença. Mais Notícias em… https://extra.globo.com/noticias/coronavirus/brasil-tem-1244419-casos-de-covid-19-aponta-consorcio-de-veiculos-da-imprensa-em-boletim-das-13h-24501103.html

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