SES-AM faz campanha sobre a importância da doação de órgãos e tecidos

Com iluminação especial do Teatro Amazonas, em Manaus, a Coordenação da Central de Transplantes do Amazonas, da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), abriu oficialmente, nesta terça-feira (1º/09), o “Setembro Verde”, mês do calendário nacional onde se chama a atenção para a importância da doação de órgãos e tecidos.

Em adesão à campanha, durante o mês de setembro, outros órgãos públicos e instituições privadas também iluminarão suas fachadas na cor verde. Durante a semana que marca a campanha, de 21 a 27 de setembro (Dia Nacional do Doador de Órgãos e Tecidos), hospitais e Prontos-Socorros da capital terão programação especial sobre o tema.

O secretário de Estado de Saúde, Marcellus Campêlo, que esteve presente no evento de abertura, destacou a relevância da campanha e lembrou que o tema é uma das prioridades no setor de saúde, no Amazonas, que passa por reestruturação com o Programa Saúde Amazonas, lançado esta semana pelo governador Wilson Lima. 

“Temos uma experiência exitosa com o banco de olhos, onde temos uma fila praticamente zerada, porém queremos ampliar. Vamos trabalhar com transplante de rins, vamos retomar isso. O estado do Amazonas fazia transplante de rins e nós queremos retomar, e em 2021, partirmos para outros transplantes mais complexos, como de fígado e coração”, declarou o secretário.

O coordenador da Central de Transplantes do Amazonas, Marcos Lins, destacou a mensagem da campanha, que é conscientizar a sociedade sobre a importância da doação. O médico afirma que um dos principais desafios das equipes de captação de órgãos, em todo o país, ainda é a recusa das famílias em autorizarem a doação. Segundo ele, no estado, a recusa familiar varia entre 60% e 65% das abordagens.

De acordo com o coordenador, manifestar para a família que tem interesse em ser doador é um passo muito importante, pois ajuda no trabalho de convencimento da família no momento da abordagem, nas unidades de saúde.

“Nós não sabemos o dia de amanhã. Hoje, é um desconhecido que está na fila, amanhã pode ser um parente. Então, nós temos que nos sensibilizar, manifestando o desejo de ser doado, avisar a família, que caso alguma fatalidade aconteça, quer ser doador de órgão”, orienta Marcos.

Captação desde 2011 – As doações de órgãos, a partir de doadores falecidos no Amazonas, iniciaram em 2011. Desde então, foram captados 306 rins e 40 fígados. Já as captações de córneas (tecidos) iniciaram em 2004, totalizando até o momento 3.818 doações. 

No estado, os órgãos doados são fígado e rim. Já os tecidos são as córneas. Os demais órgãos, como coração, pulmão, pâncreas e intestino não são captados porque possuem tempo de isquemia (tempo adequado entre a retirada e o transplante) menor que o tempo de transporte para outros estados.

Os órgãos doados no Amazonas são ofertados para a Central Nacional de Transplantes (CNT), órgão que fica em Brasília e é responsável por localizar um receptor em um ranking nacional. Uma vez feita essa identificação, o órgão é enviado para o estado onde se encontra o receptor.

A compatibilidade entre doador e receptores é determinada por exames laboratoriais, e a posição, em lista, é determinada com base em critérios como tempo de espera e urgência do procedimento.

O que é um transplante de órgão? – O transplante de órgãos é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão ou tecido de uma pessoa doente (receptor) por outro órgão ou tecido saudável de um doador, geralmente após morte cerebral, ou seja, com a perda completa e irreversível das funções cerebrais e que não tenha sofrido parada cardiorrespiratória.

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