O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, elogiou a decisão do governo federal, por meio do Ministério da Economia, em fixar de forma permanente em 8% a alíquota de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre os concentrados de refrigerantes que beneficia as indústrias do segmento instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM). “Isso é a garantia de 10 mil empregos no interior do Amazonas e significa muito, representa dignidade e perspectiva para o desenvolvimento do interior do Estado”, afirmou o prefeito, durante a 294ª reunião on-line do Conselho de Administração da Suframa (CAS), na manhã desta quinta-feira, 22/10.
O prefeito destacou, no entanto, que o modelo Zona Franca passa por um momento crucial, frente à reforma tributária e a inevitável obsolescência dos setores instalados no PIM. “Não se trata apenas de manter as vantagens comparativas, vai muito além disso”, alertou o prefeito. “Temos que buscar novos polos e, principalmente, reviver o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), porque é a partir do nosso banco genético que vamos conquistar parceiros, mercados, respeitabilidade internacional, e o Centro de Biotecnologia nos ajudará a desvendar os mistérios da floresta e transformá-los em condições de desenvolvimento, sem inventar moda, sem derrubar a floresta”, defendeu o prefeito.
Arthur Neto voltou a insistir sobre a necessidade de dotar o modelo Zona Franca de infraestrutura e logística necessária. “Precisamos de internet, telefonia celular, um porto moderno. Por enquanto, vivemos uma economia ‘meia boca’ e o nosso porto dá conta, mas assim que a economia estiver a todo vapor, vamos precisar de um novo porto, mais de acordo com as necessidades”, disse. Arthur também reafirmou a necessidade das hidrovias e destacou que a decisão do governo federal em concluir a BR-319 traz benefícios à região. “Não sei se é o mais adequado para o escoamento de produção, mas será útil para entrada e saída de pessoas, turistas e os locais que vivem ilhados”, avaliou.
O prefeito de Manaus defendeu, ainda, a aplicação mais rígida dos recursos de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). “Precisamos investir em capital intelectual, dar condições a nossa mão de obra para crescer em produtividade, em salários e, dessa forma, fazer a economia crescer como um todo”, ponderou. No final, o prefeito agradeceu a parceria com a Suframa para a recuperação viária do Distrito Industrial, elogiando o comando do atual superintendente da autarquia, general Algacir Polsin, que “em poucos minutos resolveu um problema que se arrastava há anos e afastava os investidores”.
A opinião do prefeito sobre o IPI dos concentrados de refrigerantes foi corroborada pelo secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec/ME), Carlos da Costa. “Foi uma decisão técnica, baseada em todas as verdades que encontramos e isso põe fim a uma batalha. É o tipo de ação que devemos favorecer porque promovem o emprego do jeito que precisamos, no interior. Há alguns detalhes que trazem insegurança jurídica e temos de trabalhar para colocar um fim nessa insegurança”, afirmou. Ele informou também que já estão avançados os estudos para dar personalidade jurídica ao Centro de Biotecnologia como Fundação Pública de Direito Privado.
A reunião foi realizada de forma virtual, via canal da Suframa no YouTube, onde foram aprovados projetos de implantação e ampliação industrial com investimentos previstos de R$ 587,2 milhões e perspectiva de geração de mais de 900 postos de trabalho. A reunião foi presidida pelo secretário da Sepec/ME, Carlos da Costa, com a participação do superintendente da Suframa, Algacir Polsin, e conselheiros. O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, tem assento permanente no Conselho.
Fotos – Mário Oliveira / Semcom