Média móvel de mortes por Covid-19 volta a passar de mil no Brasil, o que não acontecia desde 11 de agosto

O Brasil registrou neste domingo 483 mortes e 29.153 casos por Covid-19 nas últimas 24 horas. Com isso, já são 203.140 vidas foram perdidas para o novo coronavírus, além de 8.104.823 pessoas infectadas.

A média móvel de mortes ficou em 1.016, a maior desde 11 de agosto, há 156 dias. Essa foi a última vez que ela passou da marca de mil e é 65% maior do que a de duas semanas atrás. A média móvel de casos ficou em 53.112, a mais alta desde o início da pandemia pelo segundo dia consecutivo.

A “média móvel de 7 dias” faz uma média entre o número do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda dos casos ou das mortes. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o “ruído” causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

Os dados são do consórcio formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.

Doria pede ‘senso de urgência’

João Doria, governador de São Paulo, pediu neste domingo (10) “senso de urgência da Anvisa para liberação da vacina do Butantan”. A mensagem, publicada pela manhã em suas redes sociais, vem um dia após a agência solicitar mais dados sobre os testes realizados com a CoronaVac, imunizante contra o coronavírus desenvolvido por laboratório chinês em parceria com o instituto paulista.

“Ritos da ciência devem ser respeitados, mas devemos lembrar que o Brasil perde cerca de mil vidas/dia para a Covid-19. Com a liberação da Anvisa, milhões de vacinas que já estão prontas poderão salvar vidas”, escreveu em seguida. Segundo o plano de Doria, a vacinação com a CoronaVac em São Paulo deve começar em 25 de janeiro. A data é simbólica por ser a do aniversário da capital paulista.

Uso emergencial

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou neste sábado que o pedido entregue pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para autorização emergencial da vacina de Oxford traz os “documentos preliminares e essenciais para a avaliação detalhada da Agência”. A Anvisa, no entanto, pediu mais informações ao Instituto Butantan, que desenvolve o imunizante em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

“Após a triagem de todos os documentos fornecidos, os técnicos da Anvisa verificaram que ainda faltam dados necessários à avaliação da autorização de uso emergencial”, afirmou a agência, em nota, sobre a vacina do Butantan.

Essa análise preliminar é feita nas primeiras 24 horas após a entrega do pedido de uso emergencial para verificar se as informações essenciais sobre eficácia e resultados clínicos estão no processo para análise pela equipe técnica da Anvisa.

Vacinação simultânea

Também neste sábado, o Ministério da Saúde informou que a vacinação contra a Covid-19 deve ocorrer simultaneamente em todo o país, com distribuição proporcional de doses entre os entes federativos. Ontem, o estado de São Paulo afirmou que irá manter o início da vacinação no estado, previsto para o próximo dia 25 de janeiro, independentemente do planejamento federal de imunização.

Na nota divulgada pelo ministério, o governo afirma que decidiu ontem, em reunião com o Instituto Butantan, que as 100 milhões de doses produzidas pela instituição serão incorporadas ao Programa Nacional de Vacinação (PNI) contra a Covid-19. O Butantan desenvolve o imunizante CoronaVac em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

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