Projeto de lei de Felipe Souza propõe cursos sobre violência obstétrica

Um projeto de lei de autoria do deputado estadual Felipe Souza (Patriota), que tramita na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), estabelece a implantação de cursos direcionados à mulher gestante, sobre conscientização e prevenção da violência obstétrica nas redes de saúde públicas e privadas do Estado do Amazonas.

Para o parlamentar a medida será de grande importância para trazer esclarecimentos acerca do tema, “a gestante precisa de todas as informações possíveis para que tudo lhe ocorra bem antes, durante e após o parto, não apenas ela, mas seu esposo, familiares ou quem a tiver acompanhando. A violência obstétrica, embora por vezes praticada de forma silenciosa, é um problema sistêmico que precisa de uma vez por todas ser sanado no nosso estado”.

A consolidação de violência obstétrica se dá através de algumas ações como, negar atendimento ou a presença de acompanhante – um direito assegurado pela Lei 11.108/2005 – agressões físicas e verbais, intervenções desnecessárias no corpo da gestante, omissões, negligência, impor dificuldades de acesso a um atendimento humanizado.

“O nascimento de um filho é um dos momentos mais especiais na vida de uma mulher. O diálogo claro e aberto sobre esse tema é importante para o desenvolvimento de mecanismos cada vez mais eficientes para sua prevenção, além de estreitar o relacionamento entre equipe médica e as gestantes, o que gera um melhor atendimento e por consequência menores índices de violência na hora do parto”, enfatizou Felipe.

Sobre o PL nº 109/2021

De acordo com o texto do projeto, o oferecimento de cursos gratuitos à mulher gestante, deverão ser ministrados em hospitais, postos de saúde da rede pública e similares, bem como nos hospitais da rede privada, durante todo o período do pré-natal; por equipes interdisciplinares das áreas de Medicina, Enfermagem, Psicologia e Serviço Social.

Com abordagem dos seguintes temas, podendo ser acrescentados outros:

I- O que é violência obstétrica;

II- Tipos de violência obstétrica;

III- Como identificar e prevenir a violência obstétrica;

IV- Direitos da gestante;

V- Como denunciar a violência obstétrica.

O Poder Executivo poderá veicular campanhas educativas sobre a importância dos cursos oferecidos.

Foto: Divulgação

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