Vila Olímpica faz justiça à história de Manaus

Na placa anunciando o início das obras da Vila Olímpica consta o nome da construtora S.M de propriedade de Saul Athaide, que depois foi vereador de Manaus e de Adalberto Sobrinho, o engenheiro operacional.

A Vila Olímpica de Manaus completou 31 anos de sua inauguração no dia 26 de março de 1990 e o fato despertou a reflexão da sua importância para o desenvolvimento de atletas de alto rendimento, como era a proposta desde a sua idealização e início da construção nos primeiros meses do ano de 1975.

A entrega ao povo do atletismo foi realizada com uma apresentação de grandes nomes nacionais, já na administração do governador Gilberto Mestrinho, pois a obra foi iniciada em 1975 pelo então governador Henoch Reis, sendo trabalhada pelos governadores seguintes José Lindoso, Gilberto Mestrinho, Amazonino Mendes até cair nas mãos de Mestrinho para oficializar o seu funcionamento.

Quem organizou toda a programação foi o mestre do atletismo mundial, Roberto Gesta com seu cartel de incentivador, programador e iluminador do esporte amador, tendo sido, ao longo de sua vida desde presidente da Federação Universitária de Desportos – FAUD, até presidente da Federação Amazonense de Atletismo, passando pela instituição nacional e mundial.

Quando Henoch Reis projetou as obras da Vila Olímpica o local já tinha o Vivaldão como placo de grandes eventos e o futebol do Amazonas se projetando pelo Brasil a fora com o Nacional sendo destaque, mas não havia nem pensamento do Sambódromo, cujas obras só foram iniciadas em 1989 com o governador tampão Vivaldo Frota vice de Amazonino Mendes que renunciou para ser candidato ao Senado.

Este roteiro histórico é necessário porque tanto Amazonino como Gilberto são citados como autores da Vila Olímpica, assim como do Sambódromo, mas foram dois outros, longe da memória do povo e da história, que planejaram e iniciaram as obras, ou seja, Henoch Reis, um dos governador da ditadura e Vivaldo Frota, sup0lente de Amazonino, então governador de fato.

Vale aqui lembrar que Henoch Reis, considerado um governador sem iniciativa que projetou e iniciou as obras também do complexo administrativo que inclui o Fórum (que leva seu nome) os prédios da Justiça Federal, do Tribunal Regional Eleitoral, da infância e Adolescência que já foi destruído e da Secretaria de Fazenda que, diferente das obras que deixou para seus sucessores continuarem, inaugurou no dia 23 de dezembro de 1978, apenas alguns antes de passar o comando do Estado para José Lindoso.

É importante lembrar ainda que o primeiro ato de José Lindoso foi instalar a administração  governamental em dois andares da Secretaria da Fazenda, pois meses antes o Palácio Rio Negro, localizado na avenida Sete de Setembro entrou em obras de reforma que duraram, sob a batuta de Robério Braga, secretário do vice governador Paulo Pinto Nery, exatos 4 anos, ficando pronto apenas para a posse e uso do primeiro governador eleito depois da ditadura, Gilberto Mestrinho, que tomou posse  numa reunião especial da Assembleia Legislativa, em plena avenida Eduardo Ribeiro, dia 15 de março DE 1983.

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