Uma série de protocolos sanitários foi adotada ontem. Na sala da comissão, os senadores sentaram de forma espaçada. O uso de máscaras foi obrigatório, apesar de o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) ter ficado um tempo sem o acessório. Nos debates da comissão, senadores governistas defenderam que a CPI não deveria dar andamento aos trabalhos devido à pandemia. Flávio acompanhou a reivindicação. Renan ironizou:
Antes de qualquer coisa, acho importante comemorar a declaração do Flávio, porque afinal foi a primeira vez que ele demonstrou preocupação com aglomeração. Talvez ele esteja saindo do negacionismo.
Durante a sessão, o senador Eduardo Braga (AM), líder do MDB, citou o fato de Flávio estar usando máscara e ironizou que o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, surgiu sem o equipamento de proteção em um shopping de Manaus, no último final de semana.
Em outro momento, Flávio ironizou o fato de a bancada feminina não ter se insurgido contra a ausência de senadoras na composição da CPI. Eliziane Gama (Cidadania-MA) rebateu o filho do presidente:
Não vamos admitir ironia machista contra as mulheres (…) Não usamos o argumento da autoridade. Usamos a autoridade do argumento.
Flávio chamou de “ingrato” o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), por ter decidido ignorar a decisão judicial de primeira instância que impedia Calheiros de ser relator a CPI da Covid. Flávio destacou que Pacheco acatou a decisão do STF determinando a instalação da CPI, mas ignorou a da primeira instância que tratava da relatoria.
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