A República Democrática do Congo perdeu 32 membros do parlamento, vítimas da Covid-19, desde o início da pandemia. O número representa quase 5% do total de mortos pela doença no país. A informação foi confirmada nesta sexta-feira pelo vice-presidente da Assembleia Nacional.
A última atualização anunciada pelo governo dá conta de 31.248 casos confirmados de Covid-19 e 780 mortes, entre as vítimas, há 32 membros do parlamento — disse Jean-Marc Kabund, à Reuters.
O uso de máscaras teoricamente é obrigatório na Assembleia, mas os políticos são frequentemente flagrados sem o equipamento de segurança. Além disso, se encontram em grandes grupos, vaiando e gritando durante sessões.
Até brigas já ocorreram no local. Em dezembro, parlamentares jogaram cadeiras para o alto durante uma discussão causada entre o presidente Felix Tshisekedi e seu antecessor, Joseph Kabila. A maioria dos presentes usava máscaras no queixo durante o episódio.
A postura do presidente diante da pandemia também é alvo de críticas. No início do mês, durante um jantar com apoiadores na cidade de Kolwezi, Tshisekedi afirmou que os presentes estavam violando um toque de recolher imposto para tentar conter a disseminação do vírus no local. “Hoje, eles têm permissão”, disse na ocasião.
A campanha de vacinação contra a Covid-19 é lenta no país. O serviço foi interrompido durante as investigações sobre efeitos adversos da vacina AstraZeneca e se manteve irregular mesmo após a retomada. Apenas 19.597 pessoas foram vacinadas desde o início da imunização em 19 de abril, segundo dados do governo. Congoleses também relutam em ser vacinados. Muitos acreditam em conteúdos falsos sobre a vacina e temem efeitos adversos.
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