PEQUIM — A China, que a partir do final de julho passou por seu pior surto da Covid-19 em mais de um ano, não registrou nesta segunda-feira, pela primeira vez em um mês, nenhum novo contágio local pela Covid-19.
Todas as 21 infecções registradas no país ocorreram em pessoas que retornaram do exterior. Além disso, outros 16 casos assintomáticos, também originados fora do país, foram detectados.
Como na primeira onda da Covid-19, no ano passado, a China recorreu a quarentenas, distanciamento social, testes em larga escala e operações de rastreamento para evitar o descontrole do surto, que começou em julho na cidade de Nanquim e se disseminou por 17 províncias e mais de 30 cidades, com um total de 1.200 casos sintomáticos. Nas últimas duas semanas, as infecções vêm caindo.
As fronteiras do país continuam fechadas para a grande maioria dos estrangeiros e os poucos que chegam devem respeitar quarentenas estritas.
O país também tem avançado com sua campanha de vacinação. Segundo a Comissão Nacional de Saúde, foram administradas 1,94 bilhões de doses de vacinas até domingo. Ao todo, mais de 777 milhões de pessoas, cerca de 55% da população, foram totalmente vacinadas até 12 de agosto.
Na sexta-feira, o especialista em doenças respiratórias Zhong Nanshan disse ao jornal de Hong Kong South China Morning Post que o país poderia alcançar a imunidade coletiva se 80% dos cidadãos estiverem totalmente imunizados até o fim do ano.
O surto registrado agora começou no aeroporto de Nanquim depois de funcionários limparem um avião vindo da Rússia sem a proteção necessária.
No sábado, o jornal estatal Diário do Povo publicou um artigo no qual alerta a população para a possibilidade de a Covid-19 se propagar nas brechas deixadas por aqueles que são descuidados com as medidas de segurança.
“A negligência pode vir de um sentimento de relaxamento na longa luta contra a Covid-19. O vírus é como um demônio que se esconde em atividades rotineiras, e então brota. A chave para a resposta emergencial é ser rápido e se esforçar para correr mais rápido do que o vírus”, disse o texto.
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