Manaus – O fundador e presidente do grupo Lótus Corporate Jorge Luiz Guimarães de Araujo Dias e seu sócio-administrador Farley da Silva tiveram a empresa alvo de investigação da Polícia Federal após denúncias de golpes contra mais de 200 servidores públicos em Manaus e também em cidades em outros locais do Brasil como Rio de Janeiro, Belém, Boa Vista e Natal. Com isso, o grupo movimentou mais de R$ 156 milhões com o golpe e lavou muito dinheiro com atividades diversas.
No contrato que a empresa prometia, os servidores faziam um empréstimo, repassavam o valor para Lótus e a empresa pagava uma comissão de até 12% para o cliente. Com isso, eles quitariam a dívida feita pelo servidor.Tal contrato teria durabilidade de um ano e mensalmente a Lótus pagaria as parcelas, até pagar o valor total do empréstimo. No entanto, os servidores começaram a receber cobranças de bancos referente a parcelas em atraso, mostrando que a Lótus estava “sumindo” com o dinheiro.
Lavando dinheiro
O grupo ligado à Lotus usava o lucro do golpe para promover outras atividades econômicas diversas, que iriam da realização de show em Manaus e contratações nacionais, até compra e venda de veículos e imóveis.
“Envolviam desde à promoção de eventos a fim de divulgar suas atividades, a exemplo da realização de shows com atrações nacionais na cidade de Manaus/AM, campeonatos de pescaria, patrocínio de equipe de e-sports, até a compra e venda de automóveis”, afirmou a PF.
Donos da Lótus eram tidos como “jovens promissores”
Jorge Luiz Guimarães de Araujo Dias explodiu em páginas de fofocas em 2021 que elogiavam e vendiam sua imagem como a de “jovem da comunidade que virou um grande empresário”. Quando Jorge Dias tinha 18 anos, alguns blogs elogiam o jovem por ter sido proprietário de uma sorveteria, ter estagiado em Engenharia de Produção e viajar o mundo conhecendo outras culturas.
Na época, Jorge Dias disse: “Comecei fazer faculdade particular de Engenharia de Produção, mas não terminei. Parei no sétimo período porque surgiu uma oportunidade de ir para Manaus abrir uma empresa de investimentos. Eu nunca tive medo de arriscar, então, não pensei duas vezes pra correr atrás do novo negócio”.
Na época Jorge havia acabado de abrir a Lótus e iniciava com seu amigo, Farley, inclusive, já foi alvo de investigação por ser acusado por crimes de estelionatário no Rio de Janeiro.
Farley Felipe De Araújo da Silva, dono da Royals entretenimento, empresa de eventos de shows que se gabava por ter levado “diversos artistas famosos pra cidade”