Jacaré resgatado em obra do Prosamin+ é devolvido para a natureza

Resgate de fauna silvestre é ação prevista no Plano de Gestão Ambiental e Social da UGPE, que executa o programa

A Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) do Governo do Amazonas realizou, nesta sexta-feira (23/12), a soltura de um jacaré da espécie jacaretinga (Caiman crocodilus). O animal, uma fêmea de 1,55cm e 30kg, foi encontrado no entorno da obra do Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin+) na Manaus 2000, zona sul, na semana passada e, após receber cuidados veterinários, foi solto num fragmento florestal do igarapé do 40, próximo ao Distrito Industrial.

A soltura mobilizou a equipe que acompanha as ações de resgate de fauna do programa, formada por técnicos do setor Ambiental da UGPE, biólogos e um veterinário.

O resgate de fauna é uma ação prevista no Plano de Gestão Ambiental e Social (PGAS) da UGPE, que preconiza uma série de procedimentos e monitoramento das atividades do programa, dentre elas os serviços de captura, coleta e transporte da fauna silvestre encontrada nas áreas de intervenções do Prosamin.

De acordo com o coordenador executivo da UGPE, engenheiro civil Marcellus Campêlo, o Prosamin+ segue tanto a legislação nacional de proteção e salvaguardas ambientais quanto às políticas internas do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que financia o programa.

 Nós sabemos que o Brasil e o Amazonas possuem uma rigorosa política ambiental que, somada às salvaguardas, chegam a 12 programas com mais de cinco dezenas de procedimentos que as empresas precisam seguir a fim de diminuir os impactos ao meio ambiente”, ressaltou.

O técnico Ambiental da UGPE, José Ribeiro, contou que é comum encontrar animais silvestres, como répteis, preguiças, e iguanas, nas obras do Prosamin+, e já há um protocolo seguido pelas empresas. “Esse jacaré, por exemplo, foi encontrado com um ferimento necrosado e encaminhado para uma clínica veterinária, onde permaneceu por três dias, sendo agora devolvido ao seu habitat natural”, observou.

Conforme o médico veterinário Shalako Chagas, o animal recebeu todos os cuidados necessários nas 72 horas em que esteve na clínica. “Foi verificado que tinha uma ferida abrupta, então fizemos a cirurgia. Ele reagiu bem ao tratamento, deu tudo certo, e hoje está apto para ser solto no seu lugar de origem”, disse.

Segundo o biólogo Luciano Veras, o primeiro contato do animal com o igarapé, após os cuidados médicos, foi bem tranquilo. “Ela estava bem ativa, procurou logo um local para se abrigar e seguiu o curso que tinha que seguir, medicada e com mais probabilidades de sobrevivência”.

FOTOS: Tiago Corrêa/UGPE

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