BRASÍLIA. Passados quase dois dias do inexplicável apagão de energia que atingiu quase todo o País, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou as demissões em massa na Eletrobras após a privatização, e atribuiu como uma das prováveis causas, a falta de funcionários experientes no controle técnico da empresa. Há alguns meses Plínio cobrou a suspensão das demissões e agora, apesar de reconhecer a fragilidade imposta pelos cortes de pessoal especializado a Eletrobras manteve a estratégia de cortar despesas de pessoal.
O Ministério de Minas e Energias também chegou a solicitar à Eletrobras, em 20 de julho, que suspendesse os desligamentos, mas não foi atendido. Mencionava expressamente a preocupação com o sistema elétrico, dada a saída de profissionais qualificados. Desconhece-se a reação da empresa, embora se saiba que está em curso um programa de demissão voluntária de 1,5 mil profissionais. Em nome dos técnicos, hoje Plínio voltou a pedir que a Eletrobras reavalie as demissões. .
_ O avanço na estratégia de cortar despesas de pessoal, onde não apenas se reduzem gastos com os quadros técnicos, pretende-se vender usinas que são imprescindíveis para regiões inteiras. Entre elas estão, justamente, as pequenas usinas que, assim como Balbina, salvaram a população amazonense de um apagão total _ criticou Plínio da tribuna do Senado.
O senador lembrou que votou contra a privatização da Eletrobras na época das demissões, disse que a Eletrobras estava decepcionando e pensando só nos lucros e em beneficiar seus diretores.
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