ELE CITA A REGULAMENTAÇÃO DA REFORMA TRIBUTÁRIA QUE TERÁ GRANDE IMPACTO NO BOLSO E NO PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS, E O PACOTE FISCAL, QUE DE UM LADO ACENA COM O FIM DE IMPOSTO DE RENDA PARA QUEM GANHA ATÉ 5 MIL , SÓ EM 2026, E DO OUTRO RETOMA A TAXAÇÃO DE IR DE PORTADORES DE DOENÇAS GRAVES COMO ESCLEROSE MÚLTIPLA, CÂNCER, AIDS, MAL DE PARKSON E OUTRAS DE TRATAMENTO DE ALTO CUSTO . PLINIO APELOU Á HUMANIDADE E CRISTANDADE DOS SENADORES PARA CORRIGIR AS DISTORÇÕES E A GANÂNCIA DO GOVERNO DE CONDENAR BRASILEIROS A MORTE PARA ARRECADAR E GASTAR MAL COM FARRAS DE VIAGENS AO EXTERIOR PARA AGIR CONTRA O BRASIL NA QUESTÃO CLIMÁTICA. “EU NÃO POSSO PARTICIPAR DISSO” DISSE PLÍNIO.
BRASÍLIA. A oito dias do encerramento do ano legislativo, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) protestou contra a estratégia do Governo de responsabilizar o Senado pela votação, sem discussão e no apagar das luzes, de dois projetos que vão ter um impacto muito grande na vida e no patrimônio dos brasileiros : a regulamentação da reforma tributária, e o pacote de cortes de gastos que prevê o fim da isenção de Imposto de Renda para portadores de doenças de alta complexidade com tratamentos muito caros.
“Fica aqui meu protesto e lamentar com tristeza morar num país em que, na soberba, na ganância de ter mais dinheiro para gastar com bobagem, condena doentes à morte, condena doentes a uma vida ainda mais difícil aqueles que, muitas vezes aposentados, isentos, agora terão que pagar tributo de um dinheiro mal utilizado. Volto a dar exemplo das farras de viagem que este Governo costuma fazer ao exterior, para alardear, principalmente, essa questão da mudança climática” reclamou Plínio.
Em discurso na tribuna Plínio pediu mais tempo para discutir melhor tanto a reforma tributária como as medidas do pacote fiscal que prevê a volta da taxação de quem tem esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação e síndrome da imunodeficiência adquirida (aids).
“A reforma anunciada pelo Governo prima pela generosidade. De um lado, retira o Imposto de Renda de quem ganha até R$5 mil; do outro, acaba com a isenção de tantos outros contribuintes. Eu penso que ainda há tempo de corrigir essa distorção, pelos doentes, pela humanidade, pela cristandade, pelo bom senso pela generosidade, por tudo que for bom. É preciso que nós possamos corrigir essa distorção” apelou Plínio.
No anúncio dos cortes que suspendem também R$32 milhões par obras de infraestrutura no Amazonas, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, definiu as medidas como a “Maior reforma da renda de nossa história”. O fim da isenção do IR para doenças graves foi camuflado no pacote de maldades do governo pela promessa da isenção de imposto para quem ganha até R$5 mil só a partir de 2026 , se o Congresso aprovar. Provando ser uma promessa eleitoreira com validade para o ano da eleição presidencial, segundo a CNN, o governo federal planeja uma campanha nacional sobre a proposta de aumentar a faixa de isenção do imposto de renda para quem ganha até R$5 mil.
“É muito triste saber que um voto condenará muitos desses doentes à morte. São oito anos de mandato que passam e nós voltamos – eu nunca deixei de ser – a ser cidadãos comuns, que sentem dor, que sentem dó, que não podem se calar diante das injustiças. Condenar enfermos, você tirar a isenção de doença de Alzheimer, de câncer, de Aids, de problemas sérios cardiovasculares, é condenar muita gente à morte. Eu não posso participar disso. Eu não devo participar disso” disse Plínio.