Sinésio Campos e Secretaria de Mineração discutem potencial do Amazonas para produção de fertilizantes

Na manhã desta quinta-feira (05/12), o presidente da Comissão de Geodiversidade, Recursos Hídricos, Minas, Gás e Energia da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Sinésio Campos (PT), participou de uma reunião técnica com o secretário-executivo de Mineração da Secretaria de Estado de Mineração, Energia e Gás (Semig), Oziel Mineiro, para tratar do potencial dos minerais estratégicos existentes no território amazonense — especialmente aqueles usados na fabricação de fertilizantes.

O principal ponto debatido foi a possibilidade de o Amazonas se tornar, nos próximos anos, referência nacional no fornecimento de insumos agrícolas, reduzindo a dependência brasileira da importação de fertilizantes. Segundo os especialistas, os três macronutrientes que compõem o NPK — nitrogênio, fósforo e potássio — têm ocorrência significativa no Estado.

Durante a apresentação técnica, Oziel Mineiro destacou que o sul do Amazonas concentra importantes depósitos minerais aptos para abastecer a indústria de fertilizantes. Ele citou a presença de potássio, gás natural (fonte para obtenção de nitrogênio), além de minas de fosfato em Apuí, cuja extração é considerada estratégica.

“A secretaria está trabalhando a questão do potássio, a questão do gás, que fornece o nitrogênio, e no sul do Amazonas, em Apuí, tem uma mina de fosfato para ser produzida aqui no Estado. Temos condição de fazer o NPK no Amazonas”, explicou Oziel.
Ele acrescentou que a região também conta com depósitos de calcário magnesiano, material essencial para a correção do solo, reforçando o potencial mineral da região.

Sinésio Campos destacou que a discussão tem impacto direto na soberania alimentar do Brasil, já que o País é um dos maiores produtores de proteína animal do mundo, mas depende fortemente da importação de fertilizantes de regiões geopolíticas instáveis, como Rússia, Bielorrússia, Ucrânia e Israel.

“Quando se fala em soberania na produção de alimentos, também é necessário ser soberano na produção de fertilizantes. O Amazonas tem esses bens minerais — nitrogênio, fósforo e potássio — ligados diretamente à produção de alimentos”, afirmou o deputado.

Sinésio reforçou que o Amazonas pode contribuir para que o Brasil conquiste autossuficiência em insumos agrícolas, defendendo que a exploração mineral seja feita de forma sustentável, ambientalmente correta e socialmente justa, gerando emprego e renda nos municípios do interior.

“Queremos uma indústria de fertilizantes considerando uma mineração sustentável. Gerar emprego e renda na Amazônia é um compromisso do nosso mandato”, destacou.

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