O Ministério da Educação (MEC) gastou cerca de R$ 320 mil com propaganda de divulgação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em que defendia a manutenção das datas originais da prova, em novembro, em meio ao avanço da pandemia do novo coronavírus no Brasil. A campanha teve peça com o mote “A vida não pode parar” lançada já em maio, quando as escolas completavam quase dois meses fechadas e as pressões para o adiamento se intensificavam.
Quinze dias após o início da veiculação dessa peça, que assegurava que o Enem seria em 2020, o então ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou que postergaria o exame, sem definir a nova data. Nesta última quarta-feira, já sem Weintraub no comando, o MEC reagendou a prova para janeiro e fevereiro de 2021.
A relutância em adiar o Enem, reforçando a postura do governo federal de minimizar os impactos da pandemia da Covid-19, foi a tônica da campanha sobre inscrições no Enem, que envolveu a contratação de uma produtora. Dados obtidos pelo GLOBO via Lei de Acesso à Informação apontam que foram gastos R$ 318,6 mil com filme, trilha e spot. Este valor não inclui o cachê recebido por cada ator que participou o vídeo comercial. Quer saber os valores dos salários e os impactos gerados pela propaganda do governo? Mais Notícias em… https://extra.globo.com/noticias/educacao/mec-usou-320-mil-em-propaganda-contra-adiamento-do-enem-agora-remarcado-para-2021-rv1-1-24526170.html