Abrigo do Governo do Estado acolhe mulheres que sofrem risco iminente de morte por violência doméstica. Reforçando a rede de combate à violência contra a mulher, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), reinaugurou a Casa Abrigo Antônia Nascimento Priante. O espaço acolhe mulheres que sofrem risco iminente de morte, ameaçadas pelos seus agressores. O local tem endereço sigiloso para manter a integridade das vítimas.
A estrutura da nova Casa Abrigo possui 16 cômodos, com capacidade para 20 mulheres em situação extrema de violência. Além das vítimas, o local consegue abrigar os filhos das vítimas, desde que tenham menos de 18 anos. Atualmente duas mulheres estão vivendo no local, que, além de acolher, oferece uma série de atividades de aprendizagem de culinária, leitura, espanhol, horta, música, informática, entre outras.
O secretário William Abreu, titular da Sejusc, destaca que a Casa Abrigo permite o acolhimento de vítimas no período de 90 a 180 dias. Em seguida, dependendo da necessidade, elas são inseridas em programas federais de auxílio à mulher. Ele explica que a casa conta com uma equipe multidisciplinar composta por psicóloga, assistente social e pedagoga, garantindo que a mulher tenha um acompanhamento especializado. Também há vigilância e educadores sociais que se revezam em plantões. O secretário reforça a importância da reinauguração.
“Hoje estamos aqui cumprindo as determinações do governador Wilson Lima e muito felizes com o que estamos encontrando, fazendo uma entrega significativa a esse público que precisa tanto. É uma forma como o Governo do Estado coloca em prática uma política que já vem acontecendo ao longo dos anos, e essa reinauguração tem um significado diferente”, assinala William Abreu.
Público-alvo – A Casa Abrigo Antônia Maria Nascimento Priante é uma das políticas públicas ligadas à Secretaria Executiva de Políticas para Mulheres da Sejusc, por meio do projeto “Nova Rede Mulher”. O abrigo é voltado para mulheres com risco iminente de morte, assim como vítimas de tráfico humano. Todas que passam pelo local obrigatoriamente tiveram como porta de entrada o Serviço de Apoio Emergencial à Mulher (Sapem). Lá essas mulheres passam pela triagem a fim de estabelecer a necessidade de deslocamento até a Casa Abrigo.
“A casa tem essa especificidade porque ela foi criada no âmbito da Lei Maria da Penha para resguardar essas mulheres que sofrem risco iminente de morte, ameaçadas de morte pelos seus agressores. O público-alvo da casa é exatamente esse, mulheres que sofrem ameaça, que têm o risco efetivo de perder a vida, mas temos aqui uma estrutura para acolhê-las da melhor forma possível”, afirmou a secretária executiva de Políticas para Mulheres da Sejusc, Ana Barroncas.
A coordenadora da Casa Abrigo, Kelly Carvalho, acrescentou que a Casa Abrigo apresenta um recomeço para as vítimas do ciclo de violência.
“É um grande recomeço. A gente sabe que é necessário a gente transformar a vida do outro. Essa mulher entra de uma forma que ela tem certeza que ela não haveria perspectiva de mudança e sai com a certeza que é possível recomeçar, é possível ela vencer esse ciclo de violência muitas vezes vivenciada por anos e seus filhos também saem transformados aqui desse ambiente”.
Programa – A “Nova Rede Mulher” é um projeto que atende mulheres que estão sofrendo algum tipo de agressão em suas residências ou no convívio familiar, prestando auxílio e suporte para o impedimento da violência, mostrando para essas mulheres os caminhos corretos e seguros para se fazer denúncias e relatos de agressões.
FOTOS: Raine Luiz/Sejusc