WASHINGTON (Reuters) – O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, se dedicará a moldar o cerne de sua equipe nesta terça-feira, enquanto o presidente em fim de mandato, Donald Trump, insiste em sua batalha legal cada vez mais frágil para reverter sua derrota eleitoral.
Várias das principais autoridades da equipe de campanha de Biden vêm debatendo seus papéis na transição e no governo que toma posse no dia 20 da janeiro. Alguns cargos podem ser anunciados já nesta terça-feira, de acordo com uma pessoa a par do assunto.
O deputado Cedric Richmond, que foi copresidente nacional da equipe de Biden e presidiu o Caucus Negro do Congresso, deve ocupar um posto de alto escalão no governo, assim como Steve Ricchetti, conselheiro de longa data de Biden, segundo a fonte. A promoção de Richmond deixaria sua cadeira de parlamentar da Louisiana vaga.
Jen O’Malley Dillon, que assumiu como gerente de campanha de Biden no começo do ano e é a primeira mulher a comandar uma campanha presidencial democrata vencedora, deve ser nomeada vice-chefe de gabinete, segundo veículos de mídia.
Nenhum dos indicados em potencial respondeu pedidos de comentários. O porta-voz da equipe de transição de Biden tampouco quis comentar.
O democrata Biden também deve receber um informe sobre ameaças de segurança nacional de seus próprios conselheiros. Trump, que não admitiu a derrota da eleição de 3 de novembro, o impede de receber informes confidenciais de inteligência que é praxe fornecer ao sucessor em uma transição.
Como sinal dos desafios de segurança nacional que Biden herdará, a Reuters noticiou na segunda-feira que, na semana passada, Trump pediu opções de ataques à principal instalação nuclear do Irã, mas acabou decidindo não dar tal passo.
O presidente republicano continua raivoso e desafiador nas redes sociais, apesar de alguns correligionários destacados terem afirmado que Biden deveria ser considerado o presidente eleito.
Também na segunda-feira, seu conselheiro de Segurança Nacional, Robert O’Brien, disse que garantirá uma transição profissional no caso provável de Biden ser declarado vencedor da eleição.
Biden venceu o voto popular – que é insignificante legalmente, mas simbolicamente importante – por ao menos 5,6 milhões de votos, ou 3,6 pontos percentuais, e ainda há cédulas sendo contadas.
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