O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, determinou nesta quinta-feira a criação de uma Comissão de Segurança Cibernética para acompanhar a investigação da Polícia Federal sobre ataques hackers sofridos pela Corte no último domingo, quando foram realizadas eleições municipais. Também estão sendo investigadas outras ações coordenadas por parte de grupos criminosos para tentar deslegitimar o processo eleitoral.
A suspeita é de que as pessoas que atuaram contra o TSE sejam as mesmas investigadas em dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF): um que apura fake news e ataques contra ministros do supremo e outro que investiga atos antidemocráticos organizados nesta ano. O ministro Alexandre de Moraes, relator de ambos os inquéritos, vai presidir a comissão do TSE. O grupo também vai elaborar estudos sobre ações de prevenção e enfrentamento de ilícitos decorrentes da ação de hackers.
Além de Moraes, integram a comissão o corregedor-geral do TSE, ministro Luis Felipe Salomão; o delegado federal Disney Rosseti, assessor Especial de Segurança Institucional do TSE; dois juízes auxiliares do TSE e um representante da Secretaria da Tecnologia da Informação (STI) do TSE.
A comissão leva em conta que, no dia do primeiro turno, ocorreram “incidentes em sistemas on-line do Tribunal Superior Eleitoral potencialmente decorrentes de ataques cibernéticos praticados de modo criminoso e mediante ação coordenada de grupo com a finalidade de prejudicar o processo eleitoral”.
Segundo o TSE, as investidas cibernéticas contra o TSE registradas no domingo não têm relação com o atraso de duas horas e meia na divulgação dos resultados da votação, mas podem ter ocasionado instabilidades no aplicativo e-Título e no sistema de processo judicial eletrônico. brasil 18
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