Armários embutidos da assembleia

Palco de fortes discussões, com palavras que não deveriam constar no idioma parlamentar, a Assembleia Legislativa assistiu, impávida, debates vazios e desnecessários, nas últimas sessões. A primeira foi entre Wilker Barreto, que nas suas intervenções barulhentas e acusatórias lembra a figura folclórica de José de Aquino, auto alcunhado de Carrapeta e Josué Filho, do seu canto solitário de ex-presidente e prestes a alçar voo para cargo vitalício de conselheiro do Tribunal de Contas, determinando, de dedo em riste que Barreto retirasse do seu pronunciamento a palavra “asneiras”, como a qual denominou os discursos de todos os deputados que o antecederam.

Não foi apenas o tira e retira da palavra, mas o bate boca acalorada, no bom estilo de briga de rua, onde ninguém quer se calar e as plateia fica doida para ver uma boa briga de verdade. Mas assim como na rua os brigões acreditam no desapartas de amigos, os deputados apostaram na figuro de seguranças que já protegiam os dois.

Pior foi no caso do próprio Wilker que chamou Sinésio Campos de gatinho, nome que insinua, no jargão da malandragem, comportamento sexual duvidoso, mas foi retrucado com o nome de leoa, também usado de forma irônica e maldosa no submundo da prostituição.

Sinésio fez questão de repetir que é macho e, nem por acaso, que seu símbolo na zona Leste, onde fez o curso de agronomia no Colégio Agrícola e onde mora até hoje, é um gigante que nunca está adormecido e está sempre pronto para uma boa briga.

Foto: Divulgação

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