Pacientes do Centro de Reabilitação da Policlínica Codajás passam a contar com transporte adaptado, o TransportaCER

A reabilitação de pessoas com limitações físicas, auditivas ou visuais é um dos trabalhos executados pelo Centro Especializado em Reabilitação III (CER III) da Policlínica Codajás, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM). Há cerca de um mês, a unidade passou a ter um serviço que consiste no transporte de pacientes com dificuldades de locomoção: o TransportaCER.

O auxílio de transporte é oferecido para pessoas inseridas no processo de reabilitação do CER III em tratamentos como fisioterapia, ortopedia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. Atualmente, conforme dados da policlínica, a demanda de pacientes no CER III é de 2 mil pessoas em reabilitação, mas a unidade disponibiliza o TransportaCER para aqueles cuja necessidade é constatada pelas equipes, levando em conta o contexto econômico e social de cada família.

O automóvel de uso faz parte de uma doação do Governo Federal, por meio do programa “Viver Sem Limites”, do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O Governo do Amazonas oferece o motorista, o combustível e realiza as manutenções do veículo.

O diretor da unidade, Rainer Figueiredo, afirma que o CER III é o único Centro de Reabilitação do Amazonas habilitado pelo Ministério da Saúde. Segundo ele, o TransportaCER oferece mais segurança e dignidade aos pacientes.

“Essas pessoas para fazer a reabilitação no módulo físico, são pessoas que são amputadas, mas não acamadas. A van é adaptada para esse paciente. É uma forma bem mais segura de ele poder fazer esse translado de uma forma bem melhor, que ele possa chegar aqui na unidade muito seguro. Isso é um passo muito importante, que dá mais dignidade para esse paciente no tratamento”, disse Rainer.

Seleção – Durante o processo de seleção, além da parte documental, o paciente recebe a visita da equipe, para verificar as condições da localidade, para que o carro possa entrar na via e buscar o paciente. Ele assina um termo de responsabilidade do usuário, que o beneficia com o transporte seguro, usando acessórios de segurança, junto a um acompanhante.

A coordenadora do CER III, Adriana Azevedo, reforça a importância do TransportaCER para a continuidade do tratamento de quem está em reabilitação.

“São pessoas que realmente não têm condições, ou que hoje acabam pagando para vir para a reabilitação por menos dias, uma vez por semana, porque têm que pagar para esse transporte. Isso acaba dando mais acessibilidade e maior eficiência para a reabilitação, já que ele vai conseguir vir duas vezes por semana, vai conseguir manter seu tratamento de forma adequada”, explicou a coordenadora do CER III.

Serviço – Para solicitar o atendimento através do programa, o usuário ou o acompanhante deve procurar as dependências do CER III, munido de laudo médico atual, formulário de avaliação médica, encaminhamento da instituição, RG, CPF, comprovante de renda, uma foto 3×4, RG e CPF de uma pessoa responsável. Para mais informações, pacientes podem ligar para a Policlínica pelo telefone (092) 3632-2755.

Dedicação – O idoso Wellyton Macedo, 64, teve parte da perna direita amputada devido a complicações causadas por diabetes. Há seis anos ele faz uso de cadeira de rodas, mas, recentemente, passou a fazer sessão de fisioterapia no CER III. O objetivo dele é ganhar condições para uso de uma prótese no membro.

Segundo ele, a maior dificuldade de uma pessoa com deficiência é o transporte. “A dificuldade do cadeirante, principalmente a pessoa que tem alguma deficiência física, é essa, o transporte. Às vezes a pessoa mora longe da clínica onde faz o trabalho fisioterápico, e a gente não tem transporte para isso. Com a ajuda do transporte a gente tem chegado lá toda quarta-feira”, disse ele.

Elisângela Macedo, 41, passou a acompanhar o pai nas sessões de fisioterapia no CER III. Ela agradeceu pelo apoio do Governo do Estado.

“Esse serviço facilitou bastante porque a gente não tem como se locomover, são muito longe as reabilitações de fisioterapia. Geralmente eles queriam um dia, uma semana se reabilitando, e ele não tinha condições para isso. Com o serviço melhorou porque tem a comodidade, a segurança de levar ele. Eu levava ele em qualquer carro. A gente sofria certas situações, e é até perigoso para ele bater, porque ele não pode bater a única perna que ele tem. Isso facilitou muito”.

FOTOS: Arthur Castro/Secom

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