Com a atualização do cronograma de entrega de vacinas contra a Covid-19, o Brasil irá receber cerca de 532,9 milhões de doses até o final do ano. Pelo novo calendário, divulgado no último sábado, o Ministério da Saúde optou por não incluir os imunizantes Sputnik V, da Rússia, e Covaxin, da Índia, que ainda não foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com a nova mudança, não será possível vacinar todo o grupo de risco no primeiro semestre — equivalente a cerca de 86 milhões de brasileiros.
Na segunda-feira (26), o conselho técnico da Anvisa negou, por unanimidade, a importação emergencial do imunizante da Sputnik V, já em tratativas por dez estados. Segundo a agência, há falta de dados e transparência quanto à eficácia da vacina, e seu uso na população poderia colocar em risco a vida de milhares de brasileiros.
Apesar de não constar oficialmente no plano, o Ministério da Saúde incluiu no cronograma a previsão de importação de 10 milhões de doses da Sputnik V e 20 milhões da Covaxin, a depender da aprovação da Anvisa.
Ainda na segunda-feira, o ministro Marcelo Queiroga afirmou que, diante do atraso na produção da CoronaVac pelo Instituto Butantan, é possível que alguns estados brasileiros tenham dificuldade de aplicar a segunda dose do imunizante na população, por falta de insumo.
Em março, quando o general Eduardo Pazuello ainda chefiava a pasta, a recomendação era de uso de todas as doses, para agilizar os calendários de vacinação, devido justamente ao atraso de remessas do IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo).
Mais Notícias em… https://extra.globo.com/noticias/coronavirus/covid-19-veja-cronograma-de-entrega-de-vacinas-no-brasil-ate-fim-do-ano-24990370.html