Representante de empresa americana desmente acusação feita na CPI da Covid contra deputado Luis Miranda

Representante da empresa Davati Medical Supply no Brasil, o empresário Cristiano Alberto Carvalho negou que o áudio do deputado Luis Claudio Miranda (DEM-DF), recebido por ele e divulgado na CPI da Covid por Luiz Paulo Dominguetti, tratasse da negociação de vacinas, como foi alegado. Segundo Carvalho, Dominguetti quer “aparecer”.

Eu recebi de outra pessoa, não diretamente do Luis, não se refere a vacinas — disse Carvalho ao GLOBO.

Se refere a quê? — questionou a repórter.

Acredito que sobre os negócios dele nos EUA. Não tem nada uma coisa com a outra. — respondeu Carvalho.

Então não tem relação com a Davati? — insistiu a repórter.

Nada — afirmou Carvalho.

Por que ele disse isso na CPI, então? — perguntou o GLOBO.

Quer aparecer — reagiu.

Na CPI, Dominguetti afirmou que Miranda tentou negociar aquisição de vacinas contra a Covid diretamente com a empresa Davati. Dominguetti descreveu telefonemas que teria recebido de pessoas do governo com ofertas de “facilidades” para os contratos de vacinas e que possuía informação de que “parlamentar tentou negociar a busca da vacina diretamente com a Davati.

Indagado pelo senador Humberto Costa (PT-PE) sobre qual seria o nome desse político. Dominguetti respondeu que era Luis Miranda e mostrou um áudio do deputado, que teria recebido de Cristiano.

Ao GLOBO, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) nega ter qualquer conhecimento da existência da empresa Davati Medical Supply. Diz que nunca tratou sobre vacinas com Dominguetti ou com qualquer outra pessoa.

É mentira, lógico que não. Eu nunca falei sobre vacinas. Não sei nem quem é (Dominguetti). Estou começando a achar que esse cara foi enviado por (Jair) Bolsonaro para fazer denúncias mentirosas.

Miranda disse ainda que tratou com uma empresa norte-americana sobre venda de luvas, mas que a conversa não tinha relação alguma com a Davati ou com vacinas.

O áudio mostra uma negociação, mas sem especificar que produto era. Depois de mostrar a gravação, em resposta a uma pergunta da senadora Eliziane Gama, ele mudou a versão e disse não saber se era mesmo vacina. Dominguetti se limitou a dizer apenas que havia indicativos de que, pelo “modus operandi” da transação, tratava-se e vacina.

Eu não posso fazer juízo de valor. Quem pode dizer de que era a transação, de que produto era somente Cristiano — disse Dominguetti na CPI.

O depoente sugeriu também que o “comprador” mencionado por Luis Miranda no áudio era seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda. Depois, porém, questionado também por Eliziane, negou saber quem era e disse que só Cristiano poderia responder.

Mais Notícias em… https://extra.globo.com/noticias/brasil/representante-de-empresa-americana-desmente-acusacao-feita-na-cpi-da-covid-contra-deputado-luis-miranda-25085512.html

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *