Comissão de ética se movimenta contra deputada Joana

Está decidido: a Comissão de ética da Assembleia Legislativa do Amazonas vai continuar a investigar as denúncias da deputada Joana Darc que acusou, de forma indiscriminada os deputados de terem recebido 200 mil reais por voto que elegeu Roberto Cidade presidente da Casa.

A denúncia da deputada foi formal e solene, pronunciada da Tribuna da Assembleia, em tom repetitivo, primeiro com a denúncia da propina e depois citando o valor de 200 mil reais para cada deputado, afirmando que dentro do Parlamento não há segredos.

Roberto Cidade foi eleito, exerce o mandato de forma tímida, assim como tímida foi sua defesa, simplesmente alegando que a eleição foi realizada de forma limpa e honesta, mas sem exigir retratação, relação nominal dos deputados que teriam recebido a propina, ou mesmo uma ação, no caso penal, além da Comissão de ética, pois nascido no interior, sabe que na compreensão popular, “quem cala consente”.

Logo depois da sua grave denúncia de propina, a deputada pediu licença maternidade, e na semana passada, retornando aos trabalhos legislativos, levou o filho para a Tribuna, onde pediu as desculpas, também de forma genérica, mas sem citar nomes, o que deixa todos os deputados no mesmo saco de suspeitas.

Instada sobre o comportamento distante do Presidente Roberto Cidade, sua assessoria afirmou que ele já falou sobre o assunto na Tribuna, prometendo enviar o texto, o que não ocorreu, o que lança mais obscuridade na questão. No mesmo tempo o deputado Dermilson Chagas, que se considera no rol dos acusados, pois não houve a citação dos nomes, procurou o presidente da Comissão de Ética Sinésio Campos e do alto de sua integridade comprovada e dos seus quase dois metros de altura, exigiu a continuação do processo, já que agora a deputada está de volta à Casa, em perfeita saúde e pode se defender, democraticamente.

Resta nos fatos, a estranheza do silêncio do presidente Roberto Cidade, que na ponta é o beneficiário e portanto suspeito pelas palavras da deputa da Joana, de corruptor ativo, até que ela se retrate e seja punida publicamente, trazendo consigo todos os reflexos da acusação em tela, como diriam os grandes oradores do passado, para não deixar nenhuma dúvida sobre o que queriam afirmar.

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