RIO — A Polícia Civil do Distrito Federal concluiu que as lesões sofridas pela deputada federal Joice Hasselmann foram causadas por uma queda “da própria altura”, e não em decorrência de uma agressão. No dia 18 de julho, a parlamentar acordou em seu apartamento em Brasília sobre uma poça de sangue e sem se lembrar do que tinha acontecido. Com cinco fraturas na face e uma na coluna, Hasselmann chegou a denunciar que teria sido vítima de um atentado.
Segundo a Polícia Civil, não houve nenhum indício que “apontasse para a prática de violência doméstica ou atentado/agressão por parte de terceiros”. A corporação informou que a conclusão do inquérito foi encaminhada ao Poder Judiciário e ao Ministério Público e corre em segredo de justiça.
Procurada, Hasselmann reiterou, em nota, a confiança no trabalho da polícia, mas que ainda assim reforçou a segurança em seu apartamento por “conta da vulnerabilidade dos imóveis funcionais”. A deputada afirmou ainda que a hipótese de queda era considerada inicialmente menos provável pelos médicos devido ao número de traumas constatados por tomografias.
“Os apartamentos não possuem câmeras em pontos fundamentais, como as escadas internas e vãos dos corredores que dão acesso às portas de entrada. Já há um encaminhamento feito pela Procuradoria da Mulher para a presidência da Câmara que pede a instalação de novos equipamentos para garantir a segurança”, disse.
Também em nota, o advogado criminalista Kakay, contratado pela parlamentar para acompanhar o caso, disse que confia no trabalho técnico da polícia.
“A defesa reitera a confiança no trabalho técnico da Polícia sendo certo que a Deputada sempre se colocou à disposição para contribuir para o descobrimento da verdade. Ressalta que, de qualquer maneira, o episódio serviu para discutir a segurança nas residências oficiais. A defesa elogia o profissionalismo tanto da polícia legislativa quanto da polícia civil”, afirmou em nota.
O incidente aconteceu dentro do apartamento funcional da parlamentar em Brasília e, segundo a polícia, ocorreu devido aos remédios que Hasselmann faz uso para dormir.
A deputada havia apontado à Polícia Legislativa e ao Ministério Público “duas pessoas suspeitas” que poderia tê-la agredido. Ela, no entanto, não divulgou seus nomes. Também foi feito um exame de corpo delito no marido de Hasselmann, o médico Daniel França, para investigar se ele poderia ter sido o responsável pelas lesões, já que estava no apartamento. Porém, o resultado do exame deu negativo.
A Polícia Legislativa também havia feito uma perícia nas câmeras de segurança do prédio e concluiu que as imagens não mostravam nenhum estranho entrando no edifício.
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