A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal aprovou nesta segunda-feira a convocação dos ministros da Saúde, Marcelo Queiroga, e da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, para prestar esclarecimentos sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19. As datas das reuniões ainda não foram definidas, mas a previsão é que ocorram na próxima semana.
O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, e o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos (SCTIE), Hélio Angotti Neto, também foram convidados a falar. Senadores querem que o ministro e o contra-almirante da reserva expliquem a demora no início da imunização infantil.
Levou 20 dias entre o aval da Anvisa para as doses pediátricas da Pfizer, em 16 de dezembro, e a aprovação do Ministério da Saúde para incluir a faixa etária no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO). O período foi marcado por declarações do presidente Jair Bolsonaro e de apoiadores contra a vacina.
Já Damares deverá justificar a nota técnica de sua pasta que rechaça não só a vacinação obrigatória para crianças, mas também a adoção do comprovante de imunização. O documento também amplia canal de denúncias disque 100 para ouvir queixas de pessoas antivacina.
Angotti, por sua vez, será questionado sobre a nota técnica da SCTIE que rejeita protocolo contra o uso do “kit Covid” — com medicamentos ineficazes no tratamento da doença, como cloroquina, ivermectina e azitromicina —, elaborado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Nela, há uma tabela antivacina, já excluída em nova versão, que diz que a cloroquina é eficaz contra a Covid-19, mas os imunizantes não.
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