HOJE ESSE FUNDO BILIONÁRIO DE PESQUISA PATROCINADO PELAS PETROLEIRAS QUE OPERAM NO PAÍS CONCENTRA QUASE A TOTALIDADE DE SEUS RECURSOS EM PESQUISAS DE PETRÓLEO E GÁS EM PROSPECÇÃO MARÍTIMA. PLÍNIO AGORA BUSCA MOBILIZAÇÃO DE PARLAMENTARES DO NORTE PARA QUE O PROJETO QUE ABRE UMA JANELA PARA GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA SEJA VOTADO NAS PRÓXIMAS SEMANAS
BRASÍLIA. Autor do projeto que destina pelo menos 10% dos recursos do fundo financiado pelos contratos de produção das petroleiras que operam no País para universidades e centros de pesquisa também das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) iniciou conversas em busca de um acordo para vencer a resistência de parlamentares do Sul e Sudeste, onde está concentrada quase a totalidade dos recursos desse fundo. Após intenso debate ontem durante a votação, Plínio argumentou que o projeto de lei não visa tirar recurso de ninguém, mas vai continuar brigando para que a região Norte, Nordeste e Centro-Oeste possam ter direito á distribuição de uma fatia desses recurso para que as universidades possam fazer pesquisa também em terra firme, nas bacias sedimentares, para a produção de gás e petróleo.


No debate com senadores contrários do Rio de Janeiro para defender o direito do Amazonas e outros estados terem parte desses recursos para pesquisa, geração de emprego e renda, Plínio teve o apoio dos senadores da região Norte. Para defender o projeto que vai beneficiar diretamente as universidades e população amazonenses , Plinio agora vai procurar os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Eduardo Braga (MDB-AM) pra que eles possam ajudar nessa luta.


Sem acordo a votação do relatório favorável do senador Chico Rodrigues (PSB-RR) foi adiada para a próxima semana. Quase a totalidade do fundo hoje vai para pesquisas em alto mar no Sul e Sudeste.
“Resumindo o que a gente quer é que esse dinheiro de pesquisa de petróleo, de gás, de desenvolvimento, de conhecimento, de inovações , possa também ser distribuído para a Região Norte, Nordeste e Centro-Oeste, para que as universidades possam receber dinheiro para desenvolver suas pesquisas, que hoje não recebem. Desde que o fundo foi criado a Universidade do Amazonas recebeu R$5 milhões. O Rio de Janeiro merece bilhões, não tem problema nenhum; a gente não quer tirar um centavo. A gente só quer para que nós possamos, sim, ter essa igualdade” – defendeu Plínio hoje na tribuna. _
A matéria foi relatada pelo senador Chico Rodrigues (PSB-RR) na Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) e pelo senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI).
“Essas medidas poderão viabilizar investimentos privados, principalmente no Norte e Nordeste, gerando milhares de empregos diretos e indiretos” afirmou Rodrigues.
Já Lucas Barreto (PSD-AP) pediu uma mobilização pela Região Amazônica. Ele apontou que os recursos, hoje, são bem maiores para o estado do Rio de Janeiro, por exemplo, do que para os estados do Norte.
*Com Agência Senado.