O misterioso silencio e a omissão do Governo

A Reforma Administrativa anunciada pelo Governo Wilson Lima, visando diminuir despesas, já começou com um custo adicional de 4 milhões pago a uma empresa que não conhece o Estado, para fazer um levantamento do que pode ser cortado e o que deve ficar, sem influir na eficiência dos serviços públicos e na capacidade de geração de processos produtivos que é a obrigação do Estado em induzir investimentos, estes gerando emprego e renda.

Mas a demora na construção do projeto, o adiamento em enviar para a Assembleia Legislativa, vem paralisando a máquina estadual que, se já era lenta, tornou-se mais lerda do que uma tartaruga em tempo de desova, ao refletir a expectativa da extinção de 7 secretarias ou a incorporação em outras estruturas, sem definir quais as secretarias, para onde vão seus serviços e principalmente qual o destino dos servidores e qual o grau de demissão, já que se é para economizar, o primeiro corte, como em qualquer empresa, é a demissão de trabalhadores.

Movimentos de associações, sindicatos e grupos corporativas vem se repetindo todos os dias, discutindo hipóteses e suposições, alguns recebendo cópias do que seria o Projeto de Lei a ser enviado à Assembleia, mas de forma abstrata e inócua, diante do silencio sepulcral dos ocupantes do prédio da Compensa.

O Governo do Estado, na atual gestão de plantão, vem dando sinais de ineficiência e nem um projeto de indução econômica saiu do papel, enquanto cresce o numero de desempregados, batendo à porta dos SINEs, em dolorosas peregrinações, diante das prateleiras vazias de oportunidades de trabalho.

A agenda do governador é pífia e se resume em entrega de equipamentos agrícolas, liberação de crédito em fatias, emissão de certificados de cursos, visita a obras rodoviárias que recebeu já em andamento e pavimentação de ruas em alguns municípios, nada além do que já existia quando assumiu, representa o novo, a ousadia, a criatividade e a capacidade de superação dos obstáculos.

Fora deste cerimonial é comum as notícias de viagens para vários estados e até para o exterior, sem que tenha sido apresentado um resultado razoável, pelo menos para compensar as despesas do deslocamento junto com seu séquito de assessoramento. O chamado “termo de intenção”, não vale. Disso, como de promessas de campanha, o Amazonas já está cheio. 

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