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Até que enfim, depois de décadas de esquecimento, emerge uma ação construtiva e oportuna para resgatar a história, as façanhas e a saga de dois homens que, durante décadas, promoveram o futebol no Amazonas, projetando para além das fronteiras do Estado e conquistando posições de grande relevo no cenário nacional.
Trata-se dos senhores Carlos Zamith e Flaviano Limongi, cujas trajetórias foram compiladas pelo produtor e cineasta Sérgio Cardoso e transformadas em documentário que será exibido, para convidados e admiradores dos dois heróis do futebol, dia 09 de novembro, às 18 horas, na Vila Ninita, anexo do Palácio Negro, na avenida Sete de Setembro.
Carlos Zamith foi um cronista do cotidiano do esporte e sua saga, além de escrever colunas na imprensa local, foi coletar textos e fotos, arquivadas em sua própria casa, ficando famoso pelo projeto “Baú Velho”, fonte incondicional de tudo o que aconteceu no futebol do Amazonas.
Escreveu livros, também sobre o futebol, e ajudou seu amigo e companheiro Flaviano Limongi a libertar o futebol dos grilhões nocivos da antiga Federação Amazonense de Desportos Atléticos – FADA e criar a Federação Amazonense de Futebol, inspiradora da construção do Estádio Vivaldo Lima e dos grandes momentos do futebol do Amazonas, com estádios lotados e espetáculos de elevado nível.
Flaviano Limongi, advogado, comerciante e colunista, tendo mantido uma coluna denominada “Bazar”, durante décadas, até ser, inexplicavelmente cortado dos quadros da empresa. logo depois da morte do seu fundador Umberto Calderado, foi o líder da reação de libertação do futebol, que respirava inerte nas sombras da antiga FADA, criou a FAF, reuniu parceiros e colaboradores, promoveu o futebol, trouxe grandes equipes para elevar as habilidades dos craques locais, incentivou a vinda de juízes do Sul, para jogos locais e mantida um Fórum de avaliação e ideias no seu escritório na Sapataria Limongi, na avenida Sete de Setembro, herança paterna, sempre com muita alegria, humor e capacidade de relacionamento humano.
Há uma grande injustiça pelo esquecimento de perenizar o nome de Flaviano Limongi, diante da epopeia que foi sua vida dedicada ao futebol e aos demais esportes, projetando o Amazonas, como nunca havia sido feito, no cenário brasileiro.
Foto: Divulgação