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A lembrança do ex-governador Gilberto Mestrinho emergiu com força durante a distribuição de peixe, a preço simbólico, nos bairros da zona Leste realizado pelo governo Wilson Lima, presente ao evento, como forma de diminuir o impacto da falta de emprego e circulação de dinheiro na praça.
Foi Mestrinho, o Boto Navegador, com o mesmo sentimento que motivou a distribuição de brinquedos no primeiro governo, que criou a distribuição de peixe na zona Leste, mas no caso, totalmente de graça, com inserção, na maioria das vezes, do litro de farinho, pimenta, e até o limão para limpar o pescado.
Gilberto Mestrinho entendia que era possível, arrecadando o pescado excedente, que geralmente ia para o lixo, distribuir para o povo mais carente e repetia o gesto todos os meses, como lembraram os moradores, numa homenagem ao professor. Para viabilizar o procedimento e manter estoque, Mestrinho conservava os frigoríficos da antiga Funasc, na época comandada pela lendária Lucimar Mamão, no bairro da Betânia, hoje entregue a Federação dos Pescadores, dirigia com mão de ferro pela família Falcão, cujo patriarca o discutido Walzenir, já foi até deputado estadual e é presidente nacional da entidade.
Também na linha de atendimento de Mestrinho havia distribuição de pães, com parceria das padarias e até de ovos na época em que a granja Santa Marta da família Assis, tinha superávit de produção em relação a demanda e liberava estoques para o Governo. Numa desta distribuição, o popular Pires, um radialista que, no próprio carro e com microfone aberto, precedia a chegada de todas as idas de Mestrinho nas comunidades, provocou risos, anunciando a mercadoria e chamando o povo para “pegar os ovos do governador”.
Foto: Arquivo