Você sabia que 4 em cada 10 jovens têm interesse em ingressar na carreira militar no Brasil?

 Entre os homens, o percentual dos interessados em entrar para a Marinha, Exército ou Força Aérea chega a 50,5%, revela pesquisa
 A Estabilidade e a seguridade profissional são dois dos principais motivos que conduzem à escolha por uma carreira militar, na visão de quem busca ingressar no mercado de trabalho. Uma pesquisa inédita realizada, ano passado, pela Universidade de Oxford (Inglaterra), o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento, da USP (Universidade de São Paulo) e as universidades federais de São Carlos (UFSCar), Minas Gerais (UFMG) e Pernambuco (UFPE), revela que 43,9% dos brasileiros, entre 16 e 26 anos, cogitam seguir na profissão militar.


 As Forças Armadas se posicionaram muito bem no “ranking, com 47,5% de preferência, entre os pesquisados. Entre os homens, o percentual dos interessados em entrar para a Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro ou a Força Aérea chega a 50,5%. Entre as mulheres, ele é de 44,9%. A pesquisa ouviu 2.055 pessoas em todas as Regiões do País.
 

Para o professor de Língua Portuguesa e Literatura (Coronel Veterano do EB), três fatores podem ajudar a explicar este fato: desejo de estabilidade, boa remuneração e o fato do Brasil não ter envolvimento em guerras e conflitos no exterior (com exceção de participações recentes em missões de paz na ONU, em países como Haiti e Congo).
 

O estudo mostra que os jovens enxergam, nessa escolha, um caminho para se abster da pobreza, garantir o próprio sustento e ter um emprego vitalício, diante de um cenário de parcas oportunidades.

 
O que é preciso para ingressar na carreira militar?
 

Há vários tipos diferentes de formação na carreira militar, seja para quem busca entrar na Marinha do Brasil, Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira, no Corpo de Bombeiros ou na Polícia Militar. As opções abrangem, do ensino médio até o nível superior. Mas para lograr êxito e ser aprovado nos exames admissionais, para as escolas de formação, cada vez mais concorridas e com vagas limitadas, o interessado deve se preparar muito bem, é o que alerta o Professor Daniel Dias Filho, que atualmente é o Diretor Operacional e Financeiro do Kogno e foi para a reserva da Marinha do Brasil no posto de Capitão-de-Mar-e-Guerra. Formado em Engenharia Mecânica e Ex-Diretor de diversas instituições Acadêmicas de Manaus, o Prof. Daniel foi aprovado, com louvor, no Colégio Naval (CN), na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), na Escola de Especialista de Aeronáutica (EEAR) e na Marinha Mercante, nos idos de 1973.
 
 
“Passar em uma dessas Instituições não é fácil, é preciso foco, disciplina e muita dedicação. Hoje o aluno tem muitas dispersões, mas se ele quiser de fato ingressar em um desses concursos, vai ter que renunciar a muita coisa e estudar de forma sistemática”, destacou o professor.

 
Ainda de acordo com o professor Daniel, além do desafio de tentar passar nas provas, o aluno também deve estar preparado para seguir uma rotina cansativa de afazeres e se habituar com a disciplina exigida nas Escolas de Formação.

 
“Muitos candidatos, ao conseguirem passar nos exames, acabam não se adaptando às regras e costumes militares e desistindo do sonho. Por isso que existe um período de adaptação, a quarentena. Nela o aluno é submetido a situações adversas como: atividades físicas, por vezes exaustivas; desconforto; privação de sono e outros fatores inerentes à carreira militar. Todos com o intuito de avaliar se o aluno, de fato, se identifica com a carreira”.
 
Por fim, o citado professor complementa, em sua entrevista: ”As Forças Armadas oferecem alguns benefícios, dentre eles: estabilidade profissional; boa remuneração; plano de carreira bem definido, no qual se sabe exatamente quando será promovido; a possibilidade de aposentadoria com rendimento integral; suporte médico, odontológico  e psicológico; a possibilidade de matricular os dependentes em escolas militares; além da oportunidade de conhecer vários lugares do país, por conta das transferências e missões no exterior”.

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