Em tempos de isolamento social, a internet se tornou destino certo de quem busca arte, aprendizado e entretenimento, seja por meio de séries e filmes, apresentações musicais e até cursos sobre os mais diversos temas. Pensando nisso, o Festival Amazonas Jazz promoverá, a partir da próxima segunda-feira (18/05), o projeto “Jazz na Sala”, uma programação com transmissão ao vivo de mesas-redondas, workshops e rodas de conversa com os artistas e técnicos integrantes do evento, que teve sua data adiada em virtude da pandemia do novo coronavírus. A iniciativa é uma realização do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, com apoio da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
Por meio dos encontros virtuais, o “Jazz na Sala” tem a proposta de gerar conteúdo educacional e oferecer uma programação cultural gratuita, abordando tópicos relacionados com a produção artística em geral e com o Festival Amazonas Jazz.
O projeto também busca dar espaço e visibilidade para os artistas e produtores culturais, como meio de expressão e fortalecimento de seu papel na sociedade, conforme destaca o secretário Marcos Apolo Muniz. “As lives se tornaram uma importante alternativa para manter a produção artística e intelectual viva. No atual contexto, as atividades artísticas passaram também a ter um papel estratégico, no sentido de minimizar os impactos da quebra de rotina, de conectar as pessoas durante o isolamento social e de trazer leveza para o dia a dia”, afirma.
Já o reitor da UEA, Cleinaldo Costa, enfatiza que a universidade reafirma o compromisso com a valorização da cultura e dos artistas locais apoiando essas apresentações virtuais. De acordo com Cleinaldo, um dos aspectos da UEA é promover a cidadania e a inclusão social por meio da arte.
“É uma alegria participar desse projeto. Incentivar a cultura é um dos papéis da UEA. Será um momento muito importante, no qual teremos um intercâmbio com os maiores valores do jazz do Brasil e do mundo. Transformar a cultura em cidadania é um legado vivo. Com certeza o ‘Jazz na Sala’ será um sucesso”, disse o reitor.
Programação – A programação ocorrerá de segunda a sexta-feira, entre os dias 18 e 22, e 25 a 29 de maio. Serão duas transmissões ao vivo por dia: às 11h e às 16h (horários de Brasília).
As sessões serão transmitidas por meio da sala de teleconferências da UEA, em paralelo com outras plataformas digitais, como o canal do YouTube e a página do Facebook da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.
O cronograma do “Jazz na Sala” conta com atividades de 40 a 50 minutos, entre elas rodas de conversa, workshops, mesas-redondas e fóruns, que terão como mediadores o diretor artístico do Festival Amazonas Jazz, maestro Rui Carvalho, o coordenador da Escola Superior de Artes e Turismo (Esat/UEA), professor Fábio do Carmo, e outros especialistas convidados.
As temáticas a serem abordadas no projeto seguirão a grade acadêmica do festival, com assuntos de interesse de toda a cadeia da economia criativa, como iluminação, jornalismo cultural, instrumentos de sopro, dança contemporânea, comunicação para eventos, entre outros.
Participantes – Na lista de participantes confirmados, estão artistas que integram a nata do jazz e da música popular brasileira. Entre eles, a intérprete, compositora e pianista, Leila Pinheiro, que em seus 40 anos de carreira se consagrou como uma das maiores vozes do país.
Outros nomes que se destacam são o saxofonista e compositor paulista, Marcelo Coelho, referência no cenário da música instrumental de vanguarda; o guitarrista, compositor e arranjador capixaba, Bruno Mangueira; o músico paulista Daniel D’Alcântara, um dos grandes nomes do trompete brasileiro na atualidade; e os músicos e pesquisadores amazonenses, Karine Aguiar e Ygor Saunier, criadores do projeto Jungle Jazz, que vem sendo reconhecido internacionalmente.
A programação também terá um participante internacional, o porto-riquenho radicado em Nova York, Edsel Gomez. Considerado um dos principais pianistas de jazz latino do mundo, o músico morou no Brasil entre 1986 e 1996, período em que trabalhou com diversos artistas como Wilson Simonal, Paulinho da Viola, Caetano Veloso e João Bosco.
Além de músicos, o projeto “Jazz na Sala” reunirá profissionais de diferentes áreas da cultura, como o diretor de palco e engenheiro de som paulista, Clément Zular; o jornalista e crítico musical Carlos Calado, colaborador dos jornais “Folha de S. Paulo” e “Valor Econômico”; o bailarino e coreógrafo paulista, Rui Moreira; e a iluminadora amazonense, Fernanda Mattos de Souza.
A programação completa pode ser conferida no site: www.festivalamazonasjazz.com.br.