Pela primeira vez em formato de ópera no Brasil, “Piedade” será apresentada no palco do Teatro Amazonas
O título “Piedade”, de João Guilherme Ripper, estreia no 25º Festival Amazonas de Ópera, neste domingo (21/05), às 19h, no Teatro Amazonas. Pela primeira vez, a história baseada em fatos reais, que narra o triângulo amoroso entre Euclides da Cunha, Anna e Dilermando de Assis, ganha uma montagem operística. Os ingressos estão à venda na bilheteria do Teatro Amazonas e no site www.shopingressos.com.br
Segundo o diretor musical de Piedade, Otávio Simões, o título que normalmente é encenado em formato reduzido, no festival amazonense, comporta todos os elementos que configuram o gênero lírico: orquestra, solistas, cenário e figurino.
“A ópera nunca foi apresentada na forma completa, com a orquestra no fosso, cenário, figurino e cena acontecendo. Sempre foi semi encenada, com orquestra no palco, em espaços menores ou com uma orquestra reduzida. Primeira vez como ópera mesmo será no 25º Festival Amazonas de Ópera”, revela Simões, que assume também a regência da Amazonas Filarmônica para as apresentações de “Piedade”.
Com duração de 1h45, a montagem é dividida em quatro atos, sem intervalos, e traz a participação do concertista de violão, Paulo Pedrassoli. “A ópera brasileira Piedade é considerada uma das mais bonitas, pois é repleta de melodias tocantes que o público vai se identificar. A participação do violão, em quatro momentos, no início de cada ato, conquista o público com facilidade”, destaca o maestro.
O 25º Festival Amazonas de Ópera é uma realização do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC), com patrocínio master do Bradesco e apoio cultural do Grupo Atem e da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), além da aprovação na Lei de Incentivo à Cultura.
O secretário de Cultura, Marcos Apolo Muniz, ressalta a participação de compositores e artistas brasileiros no festival. “Uma das características do festival é privilegiar óperas de compositores brasileiros, assim como a participação dos solistas que se destacam na cena lírica nacional e nos nossos corpos artísticos. O compositor de Piedade, João Guilherme Ripper, tem uma história muito estreita com o festival e, em várias edições, já nos presenteou com grandes obras”, cita Apolo.
Ripper também é autor de “Onheama”, baseada em uma lenda amazônica, e “Kawah Ijen” (Vulcão Azul), entre outras óperas encomendadas para edições anteriores do festival amazonense.
História real
A ópera narra o escândalo da “tragédia de Piedade”, que aconteceu no século 20, no Rio de Janeiro. Baseado na história do escritor Euclides da Cunha (Homero Velho), cuja esposa, Anna (Gabriella Pace), se envolveu com o militar Dilermando de Assis (Daniel Umbelino), se passa no bairro carioca Piedade.
Um dos protagonistas, Euclides da Cunha (1866-1909) foi um escritor, jornalista e professor brasileiro, autor da obra “Os Sertões”, que representou uma das principais realizações do “Pré-Modernismo”. Apesar do público ter conhecimento do desfecho trágico do escritor, a ópera apresentada no festival apresenta diferenciais e valoriza cada ato com árias executadas com excelência.
Ao longo dos três atos, o liberto de João Guilherme Ripper é levado ao palco do Teatro Amazonas, acompanhado pela Amazonas Filarmônica. O figurino é assinado por Olintho Malaquias e a cenografia do bairro do subúrbio carioca, é de Giorgia Massetani.
25º FAO e títulos
A temporada de óperas de 2023, iniciou no dia 21 de abril e se estende até 28 de maio. O Teatro Amazonas recebe, nesta 25ª edição do FAO, quatro grandes títulos: “O Contractador dos Diamantes”, de Francisco Mignone; “Anna Bolena”, de Gaetano Donizetti; “Piedade”, de João Guilherme Ripper, e a remontagem de “Peter Grimes”, de Benjamin Britten. Para informações sobre a programação, acesse @teatroamazonas. Os ingressos estão à venda na bilheteria do Teatro Amazonas ou no shopingressos.com.br.
O festival traz, ainda, uma programação gratuita, com recitais, concertos, musicais e montagens de ópera para o público infantil.
Bradesco e a cultura
Com centenas de projetos patrocinados anualmente, o Bradesco acredita que a cultura é um agente transformador da sociedade. Além do Teatro Bradesco, o banco apoia iniciativas que contribuem para a sustentabilidade de manifestações culturais que acontecem de norte a sul do País, reforçando o seu compromisso com a democratização da arte. São eventos regionais, feiras, exposições, centros culturais, orquestras, musicais e muitos outros. O banco também mantém o Bradesco Cultura, plataforma digital que reúne conteúdo relacionado às ações culturais que contam com o patrocínio da instituição. Visite em cultura.bradesco.